Vinte e dois municípios pediram cloroquina

| 03/07/2020, 11:36 11:36 h | Atualizado em 03/07/2020, 11:40

Até a manhã desta sexta-feira (3), 22 municípios realizaram solicitação do medicamento cloroquina, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

São eles: Alto Rio Novo, Aracruz, Atílio Vivácqua, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Colatina, Dores do Rio Preto, Ibatiba, Itapemirim, Iúna, Jaguaré, Marilândia, Mimoso do Sul, Montanha, Nova Venécia, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, São Gabriel da Palha e São Mateus.

Vitória também fez a solicitação, mas o pedido, segundo a Sesa, ainda não chegou à Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica.

Encaminhada pelo Ministério da Saúde, a cloroquina é entregue após verificação do protocolo instituído pelo município para seu uso. Após validação, é feita a liberação, tendo o município prazo de até dois dias úteis para fazer a retirada do medicamento. As distribuições ocorrem de acordo com o estoque.

O uso de medicamentos como a cloroquina contra a Covid-19 divide a classe médica. Dando a sua opinião pessoal, o médico Celso Murad defende tratamento precoce aos pacientes com coronavírus.

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Para ele, a azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina devem ser usadas até na fase inicial da doença, sob orientação médica.

Conselheiro do Conselho Federal de Medicina, Carlos Magno Pretti Dalapicola disse que, se ficasse doente, usaria cloroquina e azitromicina na fase inicial da doença. Ele, porém, reforçou a importância da avaliação do médico e o desejo do paciente em usar.

Foi divulgada na quinta (2) uma nota conjunta, assinada pela Sociedade de Infectologia do Estado, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia-ES, Associação Capixaba de Medicina de Família e Comunidade, Sociedade Espírito-Santense de Pediatria e Sociedade de Pneumologia do Estado.

No documento, é citado que diferentes prefeituras “têm divulgado a incorporação de protocolos de tratamento para Covid-19, sem eficácia comprovada até o momento e sem respeito à autonomia do médico para exercer julgamento individual de cada paciente”.

“A promoção de protocolo de tratamento, sem comprovação científica, além de poder iludir a população, determina uma enorme pressão sobre médicos que atuam com seriedade e não desejam prescrever medicamentos sem comprovação científica”, disse o presidente da Sociedade de Infectologia do Estado, Alexandre Rodrigues da Silva.

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