Vacina chinesa vai ser incorporada ao calendário nacional, diz Ministério da Saúde

| 20/10/2020, 16:28 16:28 h | Atualizado em 20/10/2020, 16:38

Em reunião com governadores nesta terça-feira (20), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que vai incorporar a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, no Programa Nacional de Imunizações, colocando-a assim no cronograma do governo federal.

Baseado em informações que disse terem vindo do próprio instituto, Pazuello informou que espera poder começar a vacinação em janeiro.

Os secretários estaduais de Saúde vinham manifestando preocupação com uma possível falta de participação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na definição das estratégias de produção e de distribuição da vacina desenvolvida em São Paulo a partir de parceria com a empresa chinesa Sinovac.

Eles enviaram uma carta a Pazuello, revelada pela Folha de S.Paulo, solicitando a inclusão no cronograma nacional da vacina do Butantan ou de qualquer outro imunizante que se mostre eficiente no combate ao coronavírus.

O atual calendário do ministério conta apenas com a chamada vacina de Oxford, prevista para abril.
A briga pela inclusão da vacina no calendário nacional foi uma iniciativa do governador João Doria (PSDB-SP).

Bolsonaro e Doria vivem antagonismo desde o começo da pandemia. Enquanto o presidente defendia o afrouxamento da quarentena e o uso de medicamentos como a cloroquina (que, segundo estudos, não tem eficácia contra o coronavírus), o governador paulista promovia controle rigoroso em São Paulo.

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