Taxa de mortalidade está caindo, avalia médico
“Não é uma taxa alta. A média mundial oscila entre 4,8% e 5,2%, mas já esteve mais alta, em 6%. A taxa no Espírito Santo já conseguiu baixar de 4% e a gente espera que ela continue caindo”.
Entretanto, ele disse que, mesmo assim, há uma preocupação muito grande. “Parece que agora, os pacientes de enfermaria já estão apresentando quadros mais graves. Então, a demanda para terapia intensiva pode subir, e o Estado tem de estar preparado para isso. Tem de providenciar leitos de UTI”.
Ele chamou a atenção para a cura da doença. “Se pensarmos friamente, sem entrar no aspecto emocional das perdas, estamos lidando com uma doença que tem um potencial de letalidade relativamente baixo: 96% das pessoas portadoras da Covid se curam”.
Questionado sobre a realidade em outros estados, a exemplo de Minas Gerais, que tem 1.007 mortes pelo vírus e conta com uma população superior à do Espírito Santo, ele explicou alguns motivos que refletem nesse resultado.
“As estatísticas variam muito nos estados. Você pega o estado de Minas Gerais, por exemplo, que tem uma área rural muito grande, onde o número de óbitos cai porque existe afastamento maior, uma exposição menor, se comparada aos centros urbanos, que têm pessoas com muitas comorbidades. Pacientes hipertensos, obesos e diabéticos se concentram mais nos centros urbanos”, observou.
Seguindo essa lógica, ele citou que a Grande Vitória tem a maior incidência de casos, embora destaque também ter o maior volume de recursos.
A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que a taxa de letalidade do Espírito Santo é de 3,47%, permanecendo menor que a média brasileira, que é de 4,3%, e ressalta que as investigações das mortes acontecem em um prazo de até 36 horas.