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Coronavírus

Professora de Guarapari morre aos 49 anos vítima da Covid-19


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Imagem ilustrativa da imagem Professora de Guarapari morre aos 49 anos vítima da Covid-19
A pedagoga e professora Patrícia Marques |  Foto: Acervo familiar

A pedagoga e professora Patrícia Marques, de Guarapari, morreu na madrugada desta segunda-feira (5), aos 49 anos de idade, por complicações da Covid-19. A profissional estava internada desde o dia 17 de março, e na última semana foi intubada com 80% do pulmão comprometido.

A família relata que, desde que a pedagoga foi internada, ela não reagia ao tratamento, mesmo sendo uma pessoa saudável.

“Ela descobriu que estava infectada no dia 12 de março. Dia 17 foi a Unidade de Pronto Atendimento fazer os exames e ficou internada porque o pulmão estava comprometido. No dia 19 foi transferida para o Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra. No início não havia um medicamento específico para a intubação, mas o remédio chegou no dia seguinte. Foi usado, mas ela não reagia ao tratamento”, explica a tia, a aposentada Jaildes Ribeiro Marques.

Foram 18 dias de internação e o medicamento para intubação estava em falta no hospital. “No primeiro dia que ela chegou no hospital, não tinha o medicamento. Ele chegou no dia seguinte, mas quando acabava o remédio, não tinha. O hospital estava nos passando informação, mas vimos que a culpa era do laboratório, que não está dando conta de entregar. É muita gente doente”, declarou a tia.

Sobre a falta de medicamento na unidade, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi procurada pela reportagem. Esta matéria será atualizada assim que a resposta for enviada. 

Trajetória

Patrícia trabalhava na área da educação de Guarapari há 30 anos. Era professora efetiva da rede municipal e atuou como pedagoga em várias escolas públicas e particulares. Antes de ser internada, ela trabalhava como coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental I da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Guarapari.

A secretaria emitiu uma nota de falecimento na manhã desta segunda-feira. “Sua morte prematura, vítima da Covid-19, deixou todos os colegas da Semed entristecidos. Patrícia Correa Marques por muitos anos trabalhou como pedagoga e professora da Rede Municipal de Educação de Guarapari, fez muitos amigos e deixou um legado educacional brilhante. Não podemos dizer adeus a essa amiga tão presente nas nossas vidas”.

E completa: “quem convivia com ela sabia o tanto que era uma educadora compromissada e preocupada com o seu ofício. A educação perde uma pensadora incansável, uma estudiosa inquieta e uma colega disposta a ajudar a todos. A Secretaria de Educação de Guarapari não será mais a mesma sem a sua presença. É com muito pesar que nos despedimos de você, nossa querida colega! Sua luz continuará a brilhar”.

Homenagem e enterro

A família informou que será feita uma homenagem de despedida, com uma carreata que sairá da Pracinha do Aeroporto, às 9h10 desta terça-feira (6), e seguirá até ao Parque Paraíso, onde acontecerá o sepultamento às 10 horas.

Serão respeitadas as medidas de segurança sanitária e a recomendação é a de que as pessoas não saiam de seus veículos.

Toda família foi infectada

Além da professora, a mãe dela, a aposentada Laurita Marques, de 74 anos, os filhos Jéssika e Neto e a nora também testaram positivo para a Covid-19. Dona Laurita ficou internada no Hospital Evangélico de Vila Velha e teve alta na noite de domingo (4).

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A aposentada Laurita Marques |  Foto: Acervo familiar

A família comemorou a saída da aposentada do hospital e esperava que Patrícia tivesse alta em breve.

“A mãe de Patrícia, dona Laurita, é diabética e tem os dedos dos pés amputados pela doença. Quando descobrimos que ela também testou positivo, ficamos muito preocupados por causa da diabetes. A doença dela é muito descontrolada. E ela só ficou no respirador, não chegou a ser intubada durante esses 13 dias. Patrícia era saudável e esperávamos que ela também fosse sair bem do hospital, mas essa doença é inexplicável”, completa a tia.

Os filhos e a nora se recuperam em casa. A família declara que não pode dizer ao certo quem foi infectado primeiro, pelo fato de todos trabalharem fora.

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