“Não aguentamos lockdown agora”, diz presidente da Fecomércio

| 12/03/2021, 14:05 14:05 h | Atualizado em 12/03/2021, 15:31

Ainda tentando se recuperar dos prejuízos amargados com as medidas de restrição impostas pela pandemia de Covid-19 no último ano, a preocupação de empresários agora é com a possibilidade de precisarem fechar as portas novamente.

“Não aguentamos um lockdown neste momento”, afirmou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-05/372x236/jose-lino-sepulcri-90f148d3f786c52ba979c7c197d69a8a/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-05%2Fjose-lino-sepulcri-90f148d3f786c52ba979c7c197d69a8a.jpeg%3Fxid%3D165745&xid=165745 600w, José Lino disse  que os comerciantes do Estado tiveram de demitir cerca de 20 mil pessoas  nos últimos 2 meses
Isso, segundo ele, impactaria negativamente, com demissões e fechamento de estabelecimentos comerciais.

“Os empresários capixabas estão otimistas que isso não vai acontecer. Não estamos trabalhando com essa hipótese de fechamento, pois iríamos voltar a um passado recente de desiquilíbrio financeiro, demissões e fechamento de estabelecimentos”.

José Lino complementa: “Claro que nós vamos entender a situação do mapa de risco, porém, não trabalhamos com nenhuma hipótese de fechamento do comércio”.

O coordenador estadual da Associação Brasileira de Shopping Centers e diretor do Shopping Vitória, Raphael Brotto, reforçou que o setor tem acompanhado diariamente a evolução da pandemia e o número de casos.

“Tivemos no ano passado, a partir de 18 de março, 74 dias de shoppings fechados. Construímos no decorrer desse tempo, junto ao poder público, um protocolo com quase 100 itens que estamos seguindo integralmente até hoje. Por isso, não vejo como fecharmos novamente. O setor ainda não conseguiu se recuperar dos prejuízos”.

Para Brotto, qualquer determinação será cumprida, mas maiores restrições serão muito sentidas.

“Respeitamos toda questão da saúde e nos preocupamos com o aumento da ocupação de leitos hospitalares. No entanto, o varejo precisa sobreviver. Qualquer ação que possa fazer com que voltemos ao fechamento, como no ano passado, será muito difícil para o setor.”

O presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado (Sindbares), Rodrigo Miguel Vervloet, diz que o lockdown seria devastador para o setor.

“Um lockdown agora não faz sentido, dada toda a política logística e de dados estatísticos que foi adotada desde o início da pandemia pelo governo do Estado, inclusive, por estarmos recebendo pacientes de outros estados, entre outros fatores”, observou.

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