Médicos dizem que são a favor do uso da cloroquina

| 09/04/2020, 16:35 16:35 h | Atualizado em 09/04/2020, 16:53

Enquanto o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o presidente Jair Bolsonaro não chegam a um consenso sobre o uso da cloroquina, médicos saíram em defesa da prescrição desse medicamento para auxiliar no tratamento da Covid-19.

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Presidente da Associação Médica do Espírito Santo, Leonardo Lessa é favorável ao uso em fase inicial. “No caso da Covid-19, a medicação tem demonstrado na prática bons resultados como tratamento coadjuvante na doença. A situação que vivemos é nova. Nunca antes a humanidade passou por algo assim”.

“Devemos esperar a conclusão das pesquisas para prescrever? Em alguns casos o efeito demonstrado é tão benefício que as pesquisas são interrompidas e a medicação é administrada para todos os grupos”, defendeu.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, Otto Fernando Baptista, salientou que não há um respaldo científico, laboratorial, mesmo assim recomenda a prescrição a pacientes internados, com sorologia positiva.

“Isso está vindo como uma alternativa em que deu certo em alguns pacientes, mas a responsabilidade da prescrição é do médico. Recomendamos prescrição de cloroquina pacientes internados, não em rede ambulatorial ou consultórios”.

A especialista em Medicina Intensiva e doutorado em pneumologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Eliana Caser, usa em pacientes graves admitidos em UTI. Contudo, ela defende que o melhor seria através de pesquisa por estudos controlados.

O presidente do Conselho Regional de Medicina, Celso Murad, destacou que da mesma maneira como o médico tem o direito de prescrever o remédio, ele é responsável pelo ato praticado.

“Ele tem autonomia para indicar o que é o melhor para o paciente dele, dentro das normas cientificamente reconhecidas”.

Murad observa que existem indicativos de que hidroxicloroquina, associada ou não à azitromicina ou ao zinco tenham acertos. “Então o médico deve ter o direito de exercer essa opção, se achar que é o melhor para o paciente, sem ser criminalizado por isso”.
 

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