Médicos dizem que são a favor do uso da cloroquina
Enquanto o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o presidente Jair Bolsonaro não chegam a um consenso sobre o uso da cloroquina, médicos saíram em defesa da prescrição desse medicamento para auxiliar no tratamento da Covid-19.
“Devemos esperar a conclusão das pesquisas para prescrever? Em alguns casos o efeito demonstrado é tão benefício que as pesquisas são interrompidas e a medicação é administrada para todos os grupos”, defendeu.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, Otto Fernando Baptista, salientou que não há um respaldo científico, laboratorial, mesmo assim recomenda a prescrição a pacientes internados, com sorologia positiva.
“Isso está vindo como uma alternativa em que deu certo em alguns pacientes, mas a responsabilidade da prescrição é do médico. Recomendamos prescrição de cloroquina pacientes internados, não em rede ambulatorial ou consultórios”.
A especialista em Medicina Intensiva e doutorado em pneumologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Eliana Caser, usa em pacientes graves admitidos em UTI. Contudo, ela defende que o melhor seria através de pesquisa por estudos controlados.
O presidente do Conselho Regional de Medicina, Celso Murad, destacou que da mesma maneira como o médico tem o direito de prescrever o remédio, ele é responsável pelo ato praticado.
“Ele tem autonomia para indicar o que é o melhor para o paciente dele, dentro das normas cientificamente reconhecidas”.
Murad observa que existem indicativos de que hidroxicloroquina, associada ou não à azitromicina ou ao zinco tenham acertos. “Então o médico deve ter o direito de exercer essa opção, se achar que é o melhor para o paciente, sem ser criminalizado por isso”.