Máscara especial contra o coronavírus

| 01/04/2020, 18:26 18:26 h | Atualizado em 01/04/2020, 18:31

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-04/372x236/mascaras-policial-benedito-d73f78dbee12f9958afcda48eb589d3c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-04%2Fmascaras-policial-benedito-d73f78dbee12f9958afcda48eb589d3c.jpg%3Fxid%3D115782&xid=115782 600w, As máscaras produzidas pelo policial Benedito são feitas de acetato e pesam 75 gramas. A base é um arquinho de cabelo

Em meio às preocupações e incertezas causadas pela pandemia do coronavírus, alguns capixabas usam a criatividade e seus talentos para ajudar quem precisa estar protegido contra o vírus enquanto trabalha.

É o caso do microempresário capixaba Renato Valim. Com a empresa parada por causa da crise mundial, ele resolveu usar o tempo livre e seu próprio equipamento para produzir um protetor facial.

O objetivo é ajudar a proteger o rosto de médicos e enfermeiros, que lidam diariamente com pessoas contaminadas pelo vírus.

Em Guarapari, as máscaras são produzidas por um policial militar da reserva. O capitão Benedito Correa, de 51 anos, que já entregou 30 unidades para a Secretaria Municipal de Saúde de Anchieta, e hoje deve fazer mais duas entregas, uma em Anchieta e outra em Guarapari.

Além deles, um grupo de professores do Centro Tecnológico e do Centro de Ciências Exatas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), produziu 100 máscaras de proteção. Elas foram feitas nos laboratórios da Ufes e a proposta é chegar a 150 mil escudos.

O protetor criado por Renato Valim se parece com uma máscara de solda e é feito de um plástico semelhante ao utilizado para produzir garrafas pet.

A máquina de corte a laser de Renato é capaz de produzir até 300 máscaras de proteção por dia, mas ainda está parada, pois ele não encontrou a chapa de plástico à venda no Estado. Ele não pretende comercializar os protetores faciais nem cobrar pelo trabalho.

“Meu objetivo é doá-las e não, comercializá-las. Estou doando meu tempo e minha máquina para produzir os protetores e doá-los aos profissionais da saúde. Só preciso de doações de material para iniciar a produção”, destacou.

Para confeccionar as máscaras de proteção, ele precisa de chapas de Petg ou pet de 0,35 mm e 1 mm.

Já o capitão Benedito conta que decidiu iniciar a produção artesanal, pois sua mulher, Juliana Ramos Lara, 36, é enfermeira e está sofrendo com a escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs).

Assistindo vídeos na internet, ele decidiu estudar os materiais e as possibilidades de produção. As máscaras são feitas de acetato e pesam 75 gramas. A base é um arquinho de cabelo. “São profissionais que estão em contato direto com os casos da doença”.

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