Mais pessoas curadas do que infectadas pela covid em 24 horas

| 31/07/2020, 14:49 14:49 h | Atualizado em 31/07/2020, 15:05

Os registros das últimas 24 horas mostram que há mais pessoas ficando curadas do que sendo contaminadas pela Covid-19 no Espírito Santo.

Foram registrados mais 1.239 novos casos da doença, ao passo que mais 1.535 pessoas receberam a notícia de que estão curadas. No total, são 65.774 pacientes que venceram a luta contra o vírus.

Os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgados no Painel Covid-19 nesta quinta-feira (30) mostram que o total de infecções pelo novo coronavírus agora é de 81.886.

Os dados compilados pelo governo do Estado com os municípios mostra ainda que a quantidade de mortes superou a marca de 2.500. Somente nas últimas 24 horas, foram confirmadas mais 24 óbitos e o total de pessoas que perderam a vida chegou a 2.514. Em porcentagem, a taxa de letalidade no Estado é de 3,07%.

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ANÁLISE
O epidemiologista Paulo Lotufo, que é professor da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que a notícia é boa, mas não pode ser um critério para interpretar que a doença está chegando em um nível de tranquilidade.

“Se compararmos o número de curados versus o número de casos, não há validade epidemiológica. Estaremos comparando coisas distintas. Até porque, o número de curados crescer pode ser um indicativo de melhora no atendimento médico, e não de estagnação da pandemia”, analisou.

Lotufo, que também é doutor em Saúde Pública, diz que são necessárias, pelo menos, duas semanas para cravar uma queda ou ascensão da doença no Estado. O prazo se deve ao tempo de incubação do vírus, dentre outros fatores.

“Precisamos comparar o número de mortes gerais com os de anos anteriores, e também analisar o número daqueles doentes que estão precisando de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Esses fatores, sobretudo, vão mostrar como a doença está se comportando”, defendeu.

“Muitos políticos erraram ao levar em conta o nível de ocupação de leitos, por exemplo, para tomar atitudes de flexibilização”, afirmou ainda.

“É muito simples a explicação: pode-se aumentar o número de leitos e, com isso, a taxa de ocupação cai, dando a impressão de que a situação melhorou. Mas não, o governo só mudou o cálculo”, completou.

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