Idosos vencem Covid-19 e viram exemplo para as famílias

| 08/07/2020, 19:00 19:00 h | Atualizado em 08/07/2020, 19:20

Vulneráveis à ação do novo coronavírus e a complicações decorrentes da Covid-19, os idosos representam o público que causa maior preocupação em relação à doença.

Por esse motivo, cada alta recebida por pessoas que fazem parte deste grupo que, na maioria dos casos, possui alguma comorbidade, tem de ser comemorada.

É o caso da aposentada Irene Raimunda Ferreira, 67 anos, que ficou 14 dias internada numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por Covid-19. No sábado, ela teve alta e está curada da doença.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/irene-raimunda-acf30ca97350064209726bcfe9f8bdd9/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Firene-raimunda-acf30ca97350064209726bcfe9f8bdd9.jpeg%3Fxid%3D131073&xid=131073 600w, Irene Raimunda, ao centro, com o marido Paulino Dias e familiares: “Jesus que me curou. Mas também me cuidei”.

Ela tem asma, gastrite e hipertensão. “Primeiro, foi Jesus. Depois, foram os cuidados com os problemas de saúde que já tenho. Eu me alimento bem e sou muito ativa, faço caminhada, bicicleta”.

Já dona Dineia Guimarães Elias, de 80 anos, precisou ficar 18 dias internada no Hospital São Luiz, em Vila Velha, após testar positivo para o vírus. Apesar de ter necessitado de suporte para respiração por sete dias, a aposentada contou que não precisou ficar na UTI.

“Sempre procurei me cuidar, comendo bem, fazendo exercícios e o tratamento que tive no hospital foi o suficiente para me ajudar a vencer a doença”, disse a aposentada, que tem diabetes e hipertensão.

Para o filho dela, o auxiliar de inspeção, Wagner Guimarães Elias, 51 anos, a mãe se tornou o exemplo da família. “Ela é uma guerreira e o exemplo para toda a família”, afirmou o filho.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/wagner-e-dineia-curados-do-coronavirus-397848fc857dca167c2f07e48ac4ef5c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fwagner-e-dineia-curados-do-coronavirus-397848fc857dca167c2f07e48ac4ef5c.jpeg%3Fxid%3D131074&xid=131074 600w, Wagner e Dineia: filho diz que a mãe é uma guerreira por vencer o vírus.

Após uma semana internado no Hospital Unimed Vitória (Cias), o apóstolo Ricardo Raymundo, 64, que tem hipertensão, foi o 150º curado da unidade. Para ele, sua recuperação foi um milagre, já que pertence ao grupo de risco.

“Tive 25% do meu pulmão comprometido. Tenho certeza que Deus operou um milagre”, disse.

Quem também conseguiu vencer a Covid-19, porém, não precisou ficar internada foi dona Dolores Lisboa, de 79 anos.

Ela tem artrose e hipertensão. “Fui num Pronto-Atendimento (PA) em Vitória, fiz o teste e depois fiquei sabendo que tinha contraído a doença. Fiquei de quarentena e, graças a Deus, me curei”.

Controle de doenças ajuda a vencer vírus, diz médico

As pessoas que possuem comorbidades, como é o caso de muitos idosos que contraem a Covid-19, e que conseguem controlá-las têm mais chances de vencer a doença. É o que afirmam médicos especialistas ouvidos pela reportagem de A Tribuna.

“Uma pessoa que tem a diabetes controlada, hipertensão, que pratica exercício físico, que não fuma, essa pessoa, com certeza tem melhores condições de enfrentar o vírus, pois estará com a imunidade controlada”, afirma o médico infectologista Paulo Mendes Peçanha.

Ele explica que além dos cuidados com a saúde, que engloba alimentação saudável, boa noite de sono e a prática de exercícios físicos, um outro fator pode influenciar na resistência do organismo contra o vírus.

“Admite-se que existem fatores genéticos que seriam da constituição de cada pessoa. Essas pessoas teriam mais capacidade da resposta na infecção pelo coronavírus, mas nós não sabemos ao certo como isso funciona”.

Sobre uma das doenças que boa parte dos idosos possui, a diabetes, a infectologista Rubia Miossi explica a importância de tê-la sob controle.

“É uma doença que altera o sistema imunológico, justamente, pelo excesso de açúcar no sangue. Funciona como algo tóxico e a imunidade não responde igual”, explica.

Os especialistas orientam que independente das condições que levaram cada pessoa à cura da doença, as orientações do Ministério da Saúde devem ser seguidas.

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