Governo quer começar vacinação a partir de 12 anos ainda este mês

| 17/08/2021, 15:30 15:30 h | Atualizado em 17/08/2021, 15:39

Atenção ao avanço no calendário vacinal contra covid-19: após iniciar a vacinação de quem tem a partir de 18 anos, está chegando a hora dos adolescentes entre 12 e 17 anos de idade receberem a primeira dose. E não está longe: o governo do Estado quer começar a imunização dessa faixa etária ainda este mês.

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, afirmou ontem que a expectativa é que os primeiros grupos a serem iniciados sejam de adolescentes em conflito com a lei e aqueles com comorbidades (doenças preexistentes), como diabetes, hipertensão e obesidade.

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Em um segundo momento, em setembro, será dada continuidade à vacinação também dos adolescentes em geral. “Ainda esta semana, será publicada nota técnica autorizando a vacinação dos adolescentes em conflito com a lei, que deverão ter o esquema de vacinação iniciado nos próximos dias”.

Também devem começar a ser vacinados ainda este mês os adolescentes com comorbidades, segundo o secretário. Depois, terá início a imunização dos demais adolescentes de 12 a 17 anos.

“O Ministério da Saúde tem avançado no entendimento da necessidade de ampliar a cobertura vacinal para esta população. Já foi realizado o dimensionamento nacional das doses para este grupo e existe garantia de que ele será totalmente atendido em setembro”.

Em evento em Cachoeiro de Itapemirim, o governador Renato Casagrande também anunciou que, caso o Estado consiga adquirir doses junto ao Instituto Butantan, pretende vacinar os adolescentes a partir dos 12 anos.

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O subsecretário de Estado da Saúde, Luiz Carlos Reblin, destacou a quantidade de doses deste mês, devendo chegar a 1,1 milhão.

Na capital, o prefeito Lorenzo Pazolini planeja iniciar a imunização dos adolescentes sem comorbidades até o final deste mês.

Mas ele observa que é preciso concluir a vacinação de quem tem entre 18 e 24 anos, cujo agendamento foi aberto ontem e a vacinação começa a partir de hoje, além de receber novas remessas.

“Primeiro, é preciso completar esse ciclo de 18 anos. Estamos começando hoje (ontem). A ideia é, até o final deste mês, pelo menos, iniciar, a vacinação de quem tem de 12 a 17 anos”, disse o prefeito.

Ansiedade para agendar doses dos filhos

Após ter contraído covid-19 no ano passado, a pedagoga Andréa Soares da Costa, de 41 anos, teme que os filhos Gustavo Henrique, de 13 anos, e Gabriel Augusto, de 15 anos, também sejam infectados com a doença.

Segundo ela, a única esperança para que isso não aconteça é a vacinação dos dois adolescentes, que aguardam ansiosamente a abertura da faixa etária a partir dos 12 anos.

“Sei que eles precisarão manter todos os cuidados, assim como eu fiz, quando tomei minhas duas doses, mas é um sopro de esperança depois do período tão difícil que passamos. Assim que eles forem imunizados, ficarei mais tranquila e crente de que a pandemia está perto do fim, pois minha família estará salva”.

Mãe fica apreensiva

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Preocupada devido à volta das aulas presenciais na escola da filha Cecília Andrade, de 14 anos, a enfermeira Luana Ferreira, 38, não vê a hora de conseguir uma vacina contra a covid-19 para a adolescente.

Ela conta que, com o aparecimento de novas variantes, a sua insegurança redobrou.

“Apesar de entender a importância dela estudar de forma mais regrada, fico apreensiva. A família inteira já está vacinada, só falta a pequena. Gostaria que a faixa etária dos adolescentes abrisse o quanto antes”, disse.

Exigências mantidas em escolas

Independente de a vacinação avançar, médicos alertam que as regras e os protocolos de segurança são fundamentais para o andamento das aulas presenciais e eles devem ser seguidos à risca pelas escolas, para evitar casos de covid-19 em crianças e adolescentes.

“As escolas devem manter as regras e exigências, como distanciamento e uso de máscaras, para as aulas presenciais seguirem de forma segura. Sigo estimulando a mandar para escola. Neste momento, é o melhor”, opina a infectologista pediátrica Euzanete Maria Coser.

Mas ela ressalta que, se o aluno ou familiar tiver qualquer sintoma respiratório, diarreia ou febre, a ida à escola deve ser adiada e todos que moram na mesma casa devem ficar em quarentena até que se tenha um diagnóstico.

O mesmo é defendido pela infectologista Ana Carolina D'Ettorres, que ainda destaca o aparecimento de outras doenças virais neste período de ano.

“Tanto os professores quanto os pais precisam ficar atentos para outras infecções que possam surgir, pois acabam sendo confundidas com a covid-19. Quanto antes detectar o que a criança tem, melhor”, salienta.

Para o infectologista e pediatra Leonardo Lence, do Hospital Maternidade São José, o rigor das crianças para seguirem os protocolos de segurança dentro das escolas surpreendeu os médicos.

“Elas estão conscientes da gravidade da pandemia e, além disso, adaptam-se melhor a novas experiências”, ressalta.

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