Exercício físico ajuda na eficácia da vacina contra a covid

| 14/08/2021, 19:34 19:34 h | Atualizado em 14/08/2021, 19:39

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-08/372x236/exercicio-fisico-corrida-saude-0507bae19d657ce3fadfd92ed864821d/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-08%2Fexercicio-fisico-corrida-saude-0507bae19d657ce3fadfd92ed864821d.jpeg%3Fxid%3D184332&xid=184332 600w, Atividade física: benefícios

Já são comprovados os benefícios da atividade física para o corpo: ela reduz o risco de um acidente vascular cerebral (AVC), de diabetes, além de controlar o peso e ajudar na circulação sanguínea, por exemplo.

Agora, um novo estudo mostra que a prática de exercícios ajuda na eficácia da vacina. Essa é a conclusão de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) com 1.095 voluntários.

Do total de participantes, 898 são pacientes imunossuprimidos (têm doenças autoimunes), sendo que 494 foram classificados como ativos, e 404, inativos. Também participaram 197 voluntários sem doença autoimune: 128 ativos e 69 inativos.

De acordo com o professor da Faculdade de Medicina da USP e primeiro autor do artigo, Bruno Gualano, os participantes que se mantinham ativos por, ao menos, 150 minutos na semana apresentaram uma resposta vacinal maior.

A partir de testes laboratoriais, a pesquisa avaliou nos participantes ativos uma maior produção total de anticorpos (IgG total) contra o novo coronavírus e a quantidade de anticorpos neutralizantes (NAb), que impedem o vírus de entrar nas células humanas.

“Nosso estudo mostra que temos uma ferramenta (atividade física) que pode ser oferecida às pessoas, podendo trazer muitos benefícios. Sabemos que quem faz atividade física tem menor chance, possivelmente, de infecção, de internação e mortalidade pela covid-19. Agora, o estudo mostra que quem é ativo, responde melhor à vacinação”, afirma o professor.

Todos os participantes, segundo Gualano, foram imunizados com a Coronavac entre fevereiro e março deste ano.

O pesquisador explicou que os participantes foram interrogados sobre atividades físicas de vários domínios, como as realizadas em casa (limpar a casa), de deslocamento (andar a pé), no trabalho, e lazer (caminhada, corrida), além de serem questionados sobre o tempo que ficavam inativos.

Segundo a médica Talita Fernandes, a atividade física moderada tem efeito direto nas células de defesas, que, no caso, são os linfócitos.

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