Ele venceu o coronavírus: “Foram 39 dias de luta pela vida”

| 10/07/2020, 12:01 12:01 h | Atualizado em 10/07/2020, 12:16

Foram 39 dias lutando pela vida dentro de um hospital. Pelo caminho, que começou com os sintomas do novo coronavírus, o assistente de almoxarifado Alexandro Costa Luchi, de 45 anos, encontrou a falta de ar, 75% do pulmão comprometido, infecções por bactérias multirresistentes, perda das funções dos rins, além de menos 30 quilos.

Para ele, a vida agora ganhou outro significado, com grande gratidão a Deus e a toda equipe que cuidou dele durante a internação.

Ele, que não tinha nenhuma doença pré-existente, contou que começou a apresentar sintomas em meados de maio, com febre e tosse. Chegou a tomar azitromicina, mas sem melhora. Mesmo sem nenhuma comorbidade, de uma hora para a outra, Alexandro revelou que começou a apresentar falta de ar.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/assistente-de-almoxarifado-alexandro-costa-luchi-que-sobreviveu-ao-coronavirus-6f3327778a52d59675ff2cc4cbb6ec49/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fassistente-de-almoxarifado-alexandro-costa-luchi-que-sobreviveu-ao-coronavirus-6f3327778a52d59675ff2cc4cbb6ec49.jpeg%3Fxid%3D131389&xid=131389 600w, Assistente de almoxarifado Alexandro Costa Luchi, que sobreviveu ao coronavírus
“Deitei para dormir apresentando como se fosse um chiado. Pela manhã, no dia 29 de maio, já não respondia a nada, estava ofegante. Parece que a gente está morrendo afogado. Chamaram a ambulância e cheguei ao hospital quase morto. Fui entubado direto”. Segundo Alexandro, foram 34 dias na UTI, com ele sedado. “Quando acordei que os médicos explicaram a gravidade do caso”.

Em casa desde a última terça-feira (7), ele ainda se recupera, já que teve algumas sequelas como a síndrome do pé caído, por ter ficado muito tempo parado na mesma posição na UTI. “Perdi cerca de 30 quilos, ainda não consigo andar sozinho, mas a gente recupera. O mais importante é estar com minha família, com filho de 10 anos”.

Ele revelou que, das coisas que lhe deram força a partir do momento que acordou, uma foi a série de vídeos e mensagens dos amigos, que foram mostrados pela psicóloga do hospital.

Agora, tem um desejo ainda: rever o médico que cuidou dele esse tempo todo e dar um abraço em agradecimento pelo trabalho.

O médico em questão é o intensivista da Rede Meridional Cleberson Ovani. Ele observou que o caso de Alexandro foi um dos mais desafiadores e graves que chegou ao hospital, com uma evolução que surpreendeu a todos.

“Ele chegou muito grave, foi logo entubado. Fez diálise por muito tempo, pois os rins paralisaram, teve várias infecções por bactérias multirresistentes, choques sépticos, embolia pulmonar. Foi uma vitória para ele e para nós”.

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