Duas mil fotos ocupam bancos de santuário

| 30/03/2020, 16:43 16:43 h | Atualizado em 30/03/2020, 16:47

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-03/372x236/santuario-diocesano-nossa-senhora-da-saude-d9d5a7695aa5d128744548b4e564bce2/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-03%2Fsantuario-diocesano-nossa-senhora-da-saude-d9d5a7695aa5d128744548b4e564bce2.jpg%3Fxid%3D115450&xid=115450 600w, Já são mais de 2 mil fotografias espalhadas pelo Santuário Diocesano Nossa Senhora da Saúde

As igrejas, templos, casas de oração e terreiros sãos os espaços em que as pessoas buscam naturalmente um alívio espiritual e apoio emocional. Porém, com a pandemia do coronavírus, esses locais foram recomendados a suspenderem todas as atividades como forma de evitar o avanço da COVID-19.

Com isso muitos fiéis estão buscando alternativas para permanecerem em contato com a religião e com as comunidades religiosas. É o caso do Santuário Diocesano Nossa Senhora da Saúde, igreja católica do bairro Aricanga, em Ibiraçu. Lá na comunidade, o bispo emérito Dom Décio, 77 anos, colocou fotografias dos fiéis nos bancos da igreja durante as celebrações.

“Nós achamos um caminho com as fotos, pois a fotografia é também uma representação das pessoas. Mesmo elas não estando aqui fisicamente, estão sendo representadas. A resposta à nossa ação foi uma avalanche de fotografias que os fiéis foram nos mandando”, conta Dom Décio.

Desde as recomendações do governo do Estado e das autoridades de saúde para que as pessoas evitem sair de casa, o Santuário Diocesano Nossa Senhora da Saúde suspendeu todas as atividades. Missas e celebrações agora acontecem pela internet com a presença do padre, que também está em quarentena e abre uma exceção aos domingos, sempre tomando todos os cuidados.

“É uma situação que nos deixa triste”, disse Dom Décio sobre o distanciamento social. “Mas é preciso ter calma e sermos responsáveis. Eu gostaria de estar junto do povo, mas não posso fazer isso porque estou com 77 anos e a recomendação é que a gente se isole. Ainda mais nós que somos mais velhos, nós somos os preferidos desse vírus. Precisamos nos cuidar”, contou.

Duas mil fotografias de fiéis

Já são mais de 2 mil fotografias espalhadas pelo Santuário. Muitos fiéis que frequentam a igreja enviaram pelas redes sociais os registros pessoais. Permanecem presentes, representados pelas fotos, durante as celebrações e missas.

“A vida é um dom precioso e hoje precisamos mais do que nunca passar pela cruz, pelo sofrimento com sabedoria e paciência”, disse o bispo.

“Esse pode ser um momento de fé para que possamos refletir sobre nossos erros, nossa agitação, nossa busca por bens materiais. Precisamos mudar esse estilo de vida voltado para o egoísmo e individualismo. Precisamos meditar mais, orar mais, contemplar e nos abrirmos para o outro”, refletiu.

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