Covid: Portaria autoriza hospitais privados a suspender cirurgias eletivas

A suspensão pode ocorrer quando ocupação de leitos chegar a 85% ou por falta de profissionais devido ao contágio pela covid

Leone Oliveira | 02/02/2022, 20:53 20:53 h | Atualizado em 02/02/2022, 20:58

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou uma portaria, nesta terça-feira (2), que autoriza aos hospitais da rede privada a suspender por 14 dias as cirurgias eletivas (aquelas que não são consideradas urgentes ou emergenciais) nas unidades assistenciais que alcançarem 85% de ocupação hospitalar ou de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

A portaria 021-R também permite que essa suspensão ocorra com índices menores de ocupação de leitos nos casos de escassez de recursos humanos devido ao afastamento laboral de trabalhadores infectados pela covid-19. 

A medida foi tomada por conta do aumento de afastamentos de trabalhadores da saúde infectados pelo coronavírus.

Em coletiva de imprensa, na tarde de terça-feira (1), o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, já havia adiantado que a portaria seria publicada nos mesmos moldes que ocorreu com os hospitais da rede pública, onde esse tipo de procedimento está suspenso por 14 dias. 

"Tivemos ao longo do mês de janeiro, aproximadamente, 1.536 trabalhadores afastados do serviço na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Se nós somarmos os terceirizados, incluindo os médicos das cooperativas, nós passamos de 2 mil afastamento pela covid-19 em um único mês. Somado as dificuldades do serviço por ser período de férias e de afastamento de trabalhadores tanto na rede privada, quanto na pública os serviços ser saúde passaram a ser fortemente comprometidos na sua estabilidade", revelou ele durante a coletiva. 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também foi notificada pelo Estado sobre a autorização para que os hospitais da rede privada possam suspender as cirurgias se for necessário. 

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