Coronavírus sobrevive por até 28 dias em nota de dinheiro e tela de celular

| 13/10/2020, 18:41 18:41 h | Atualizado em 13/10/2020, 18:52

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O vírus responsável pela Covid-19 pode sobreviver em notas de dinheiro, em telas de celulares e no aço inoxidável por até 28 dias, segundo um estudo divulgado pela Agência Científica Nacional da Austrália (CSIRO). O período é muito mais longo do que se pensava anteriormente e reforça a necessidade de desinfetar superfícies e lavar as mãos constantemente.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores do Centro Australiano de Preparação para Doenças (ACDP, na sigla em inglês) realizaram experimentos com o SARS-CoV-2 em ambiente controlado. Os experimentos foram realizados no escuro, já que a luz ultravioleta demonstrou matar o vírus.

Os pesquisadores descobriram que, a 20 graus Celsius e no ambiente controlado do laboratório, o vírus SARS-CoV-2 permanece infeccioso por 28 dias em superfícies lisas, como vidro de telas de celulares e cartões plásticos.

Outros experimentos foram realizados a 30 e 40 graus Celsius, com tempos de sobrevivência diminuindo com o aumento da temperatura.

O estudo foi publicado na revista científica “Virology Journal”. O presidente-executivo da CSIRO, Larry Marshall, afirmou que as novas informações contribuem para evitar a disseminação do vírus.

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“Estabelecer por quanto tempo o vírus realmente permanece viável em superfícies nos permite prever e mitigar sua disseminação com mais precisão, além de proteger melhor nosso povo”, disse Marshall.

Estudos anteriores já haviam alertado para a capacidade de sobrevivência do coronavírus em superfícies, reforçando a necessidade de medidas de desinfecção dos ambientes e a higienização das mãos.

Em comparação, o vírus da gripe pode sobreviver nas mesmas circunstâncias por 17 dias.

O trabalho aumentou as evidências de que:

• o coronavírus sobrevive mais tempo em temperaturas mais baixas;
• tende a sobreviver mais tempo em superfícies não porosas ou lisas, como vidro, aço inoxidável e vinil, em comparação a superfícies complexas porosas, como tecidos;
• sobrevive mais em notas de papel do que em notas de plástico.

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