Consórcio da OMS entregará mais de 800 mil doses da Pfizer em junho, diz governo

| 13/04/2021, 10:10 10:10 h | Atualizado em 13/04/2021, 10:17

O consórcio Covax Facility, vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), entregará ao governo brasileiro um lote de 842 200 doses da vacina contra a covid-19 fabricada pela Pfizer/BioNTech - com previsão de chegada para junho. O anúncio foi feito em nota conjunta do Ministério da Saúde e Itamaraty na noite de segunda-feira (12).

Essa remessa de imunizantes faz parte do acordo feito entre o Brasil e a iniciativa internacional, que prevê 42,5 milhões de doses, suficientes para 10% da população. O volume entregue ao País até o momento, contudo, é pouco superior a 1 milhão de doses.

No fim de março, o governo federal recebeu a primeira remessa prevista no contrato com o Covax. Nesse lote inicial, foram 1 022.400 doses do imunizante AstraZeneca/Oxford entregues, com fabricação na Coreia do Sul.

Com a explosão de casos de covid-19, secretários estaduais de Saúde chegaram a pedir à OMS para priorizar o envio de vacinas ao Brasil por meio do consórcio. "A região das Américas tem recebido somente 7% do total das vacinas distribuídas por meio do mecanismo Covax, apesar de as Américas terem 44% de todos os casos e 48% de todos os óbitos do mundo nesta pandemia", afirma ofício do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), endereçado no dia 26 de março, ao presidente da OMS, Tedros Adhanom.

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No mesmo documento, os secretários pedem para a OMS "sensibilizar" a cúpula da ONU para que as doses excedentes de vacinas em países ricos sejam destinadas a países em maior crise na América, especialmente o Brasil.

O Covax Facility é uma iniciativa da OMS, da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi) e da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)

Contrato direto com a Pfizer

Para além do Covax Facility, o Brasil tem um contrato direto com a Pfizer, assinado em meados de março. A expectativa é que a farmacêutica americana entregue 100 milhões de doses ao País até o fim de 2021. Segundo o ministério, a negociação com a Pfizer prevê a entrega de 13,5 milhões entre abril e junho e outras 86,5 milhões de julho a setembro.

"Cabe ressaltar que o cronograma de entrega das vacinas é enviado ao Ministério da Saúde pelos laboratórios e está sujeito a alterações, de acordo com a disponibilidade de doses e a real entrega dos quantitativos realizada pelos fornecedores", diz nota enviada pela pasta ao comunicar a assinatura do contrato.
 

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