Com Covid, bancária de 33 anos tem parto de urgência em UTI

| 11/11/2020, 12:34 12:34 h | Atualizado em 20/12/2020, 21:06

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-11/372x236/thaisa-andre-esteves-trabach-bce84f4c9533b134ecb5290807c8bdd6/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-11%2Fthaisa-andre-esteves-trabach-bce84f4c9533b134ecb5290807c8bdd6.jpeg%3Fxid%3D149888&xid=149888 600w, Thaisa André Esteves Trabach continua internada na UTI após uma cesárea de urgência.
Uma bancária de 33 anos está internada na UTI há uma semana com Covid-19 e precisou ser submetida a uma cesárea de urgência em um hospital particular na Praia da Costa, em Vila Velha.

O bebê, João Guilherme, nasceu na tarde da última segunda-feira (9) e está na Utin do mesmo hospital.

Thaisa André Esteves Trabach Lacerda está em estado grave e começou a apresentar sintomas de Covid há duas semanas. Ela deu entrada na UTI na última quarta-feira (4), com quase 8 meses de gestação (30 semanas).

As informações são do marido dela, o empresário Fabrício Trabach Lacerda, de 44 anos. No começo da tarde desta quarta-feira (11), ele foi informado que o teste da mulher deu positivo para a Covid-19.

“Na quinta e na sexta nos falamos em videochamada. No sábado, informaram que precisariam entubar a Thaisa porque ela estava muito cansada e poderia prejudicar nosso filho. No domingo, ela continuava sedada e não tinha tido uma melhora na no pulmão, que estava quase todo tomado, mas a oxigenação tinha melhorado. Voltei para casa com um pouco de esperança, mas depois recebi a ligação do hospital pedindo para voltar lá com urgência. Disseram que precisariam fazer o parto do bebê para não sacrificar o desenvolvimento ou o quadro clínico dele”, contou Fabrício.

O parto aconteceu segunda-feira (9), às 14 horas. “João Guilherme foi pra Utin e a Thaísa continua na UTI. Os médicos disseram que agora iriam para a briga mesmo contra o vírus, atacar de forma mais agressiva a pneumonia bacteriana. Falaram também que iriam repetir o teste para ver se é Covid ou H1N1 e fazer a tomografia, que não foi possível realizar antes”, explicou Fabrício.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-11/372x236/com-covid-bancaria-de-33-anos-tem-parto-de-urgencia-em-uti-ec6a2314517dc111f8cd26023714052e/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-11%2Fcom-covid-bancaria-de-33-anos-tem-parto-de-urgencia-em-uti-ec6a2314517dc111f8cd26023714052e.jpeg%3Fxid%3D149889&xid=149889 600w, O bebê, João Guilherme, nasceu na tarde da última segunda-feira (6) e está na Utin do mesmo hospital.
Segundo o pai, o bebê está em estado estável. "João Guilherme está tomando medicamento para ajudar na formação do pulmão. Ele estava entubado e já colocaram uma máscara para ajudá-lo a respirar sem o tubo. Já a Thaisa, está tomando medicamento para secar o leite e não empedrar as glândulas mamárias, além de remédios mais fortes contra o vírus. Mas até terça-feira não tinha tido melhora no pulmão".

Para o empresário, o quadro poderia não ter agravado caso a mulher tivesse sido internada antes.

“No total, procuramos atendimento cinco vezes antes da internação. Foram quatro visitas ao hospital e à maternidade de uma rede particular em Vitória e duas vezes em um hospital particular de Vila Velha, onde ela acabou sendo internada. Não sei se é negligência, mas poderiam ter mais sensibilidade. Uma mulher com quase 8 meses de gestação é grupo de risco. No primeiro atendimento apenas verificaram os batimentos cardíacos do bebê e não passaram nenhum medicamento para ela”, disse.

O marido de Thaísa contou que a bancária teve contato com um caso confirmado de Covid. “O pai dela já havia ficado internado duas semanas com Covid, mas já recebeu alta. Eu e nossa filha de 3 anos estamos assintomáticos, aguardando os resultados dos testes”.

Ele ressalta que a mulher estava afastada do trabalho por estar grávida, por ser do grupo de risco de contágio pelo novo coronavírus. 

Doação de sangue

Nas redes sociais, familiares e amigos iniciaram uma campanha de pedido de doação de sangue para o hospital onde a bancária está internada. Quem quiser doar pode comparecer à Hemoclínica, no Centro de Vitória. É necessário apresentar documento com foto e informar o nome completo da paciente.

"Não podemos baixar a guarda"
O empresário faz uma alerta para que a população não relaxe e continue mantendo todas as medidas de prevenção ao novo coronavírus.

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“O que posso dizer é que realmente o vírus é muito agressivo. A gente deu uma relaxada, começou a visitar parentes. Não podemos baixar a guarda porque a evolução do vírus é muito rápida no tempo que você faz o teste e aguarda o resultado. Em 5 dias, a Thaisa passou de um estado estável para muito crítico. A gente está pagando o preço por achar que dava para baixar a guarda. Quando acontece com alguém da família, você vê o quanto a situação é esquisita”, desabafou.

Serviço:

Hemoclínica

  • Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 7h às 16h
  • Endereço: Rua Doutor Joaquim Côrtes , nº44, Parque Moscoso, Centro de Vitória. Ponto de referência: atrás do Hospital Estadual Central
  • Orientações: Pela manhã, não precisa estar em jejum, mas é necessário evitar comida gordurosa. Na parte da tarde, só pode doar 3 horas após o almoço.
  • Prevenção ao coronavírus: Podem doar pessoas que tiveram Covid há, pelo menos, dois meses. Quem estiver com sintomas ou quem teve contato com caso confirmado não pode doar.  

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