Câmara que destrói coronavírus é desenvolvida na Ufes

| 01/06/2020, 20:16 20:16 h | Atualizado em 01/06/2020, 20:43

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-06/372x236/covidkiller-4a408ee0a59d52256080bfffe56bff25/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-06%2Fcovidkiller-4a408ee0a59d52256080bfffe56bff25.jpeg%3Fxid%3D124925&xid=124925 600w, O primeiro protótipo é batizado de Covidkiller
Com as diversas mudanças que o novo coronavírus trouxe para a vida das pessoas, muitas tecnologias vêm sendo desenvolvidas para auxiliar no processo de limpeza e desinfecção de materiais e equipamentos de uso contínuo como por exemplo, em hospitais. 

Com a atual necessidade, um grupo de pesquisadores da Ufes desenvolveu uma câmara com lâmpadas que geram radiação ultravioleta capaz de destruir microrganismos, inclusive o novo coronavírus. O equipamento tem 1,8 metros de altura e usa a radiação UV-C para desinfecção.

Segundo informações da assessoria da Ufes, o Covidkiller passou por uma avaliação de eficiência, na qual foram utilizadas duas bactérias como modelo de estudo: a Escherichia coli e a Staphylococcus aureus. A destruição total desses microrganismos, com rompimento da parede celular e exposição do conteúdo citoplasmático, pode ser observada pela microscopia eletrônica de varredura.

Segundo o professor do curso de Engenharia Elétrica da Ufes Celso Munaro, a radiação com UV-C tem o potencial de danificar o DNA do vírus. “Ele perde a capacidade de se reproduzir, logo, não pode infectar ninguém”.

Processo de descontaminação
A proposta é utilizar o protótipo, batizado de Covidkiller (foto), para a desinfecção de equipamentos hospitalares que são recebidos para manutenção no Centro Tecnológico.

Os equipamentos passam pela higienização tradicional e depois são colocados na câmara e expostos à radiação pelo tempo de cinco minutos. Após a desinfecção, esses mesmos equipamentos podem ser reutilizados.

Sobre a tecnologia UV
A tecnologia UV é usada há mais de um século para desinfecção de água e, recentemente, vem sendo usada na esterilização de hospitais, aviões. A ideia agora é trabalhar em novas versões de protótipos para esterilização de EPIs e outros objetos e higienização de ambientes. 

“O grande desafio da pandemia é reduzir a propagação do vírus, de forma a não saturar o sistema de saúde. As medidas amplamente sugeridas são a desinfecção com álcool ou sabão e o uso de máscara. Há situações nas quais a desinfecção tem dificuldade de ser feita: em equipamentos eletrônicos, como os respiradores; em equipamentos de proteção individual; e no ambiente. Nesses casos, o uso de radiação UV é uma alternativa muito atrativa. As pesquisas e os protótipos em desenvolvimento contribuirão muito para reduzir a propagação do vírus nessas situações”, afirmou Munaro. Ele lembra que um exemplo de aplicação na Ufes é a desinfecção das salas de aula.

O projeto é desenvolvido por professores dos departamentos de Engenharia Elétrica (Centro Tecnológico), de Física (Centro de Ciências Exatas) e de Morfologia e Patologia (Centro de Ciências da Saúde).

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