Áudio atribuído a Mandetta sobre "semana crítica de transmissão" é falso

| 23/03/2020, 07:16 07:16 h | Atualizado em 23/03/2020, 07:19

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-03/372x236/luiz-henrique-mandetta-19e26ddc9a15c1874af14fccfc20b45f/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-03%2Fluiz-henrique-mandetta-19e26ddc9a15c1874af14fccfc20b45f.jpg%3Fxid%3D114226&xid=114226 600w, Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, desmentiu no domingo (22) um áudio atribuído a ele que vem sendo difundido por aplicativos instantâneos de mensagem e reclamou da disseminação de fake news.

"Eu não gravo absolutamente nada de áudio, eu nem sei como funciona", afirmou o ministro, visivelmente irritado. Ele afirmou que suas falas para a população são feitas por meios oficiais. "Tudo que eu falar vai ser feito claramente, aqui na frente, é uma maneira de a gente se posicionar."

Uma mensagem de áudio atribuída ao ministro afirma que a próxima semana seria a "mais crítica para a transmissão".

"Olha, vendo aqui a previsão de que final de abril vai ser o topo da epidemia, a previsão é que essa semana até domingo que vem é a semana mais crítica para a transmissão, então essa semana é fundamental o isolamento social. Ninguém sai à rua, mesmo que tenha que ir a supermercado, tenta evitar mercado, farmácia. Se a gente conseguir fazer o isolamento social importante talvez a gente consiga virar a curva, tá bom? Espalhe isso para todo mundo que vocês tiverem. Esta semana a gente tem que virar o jogo", diz a voz no áudio.

Mandetta diz que o ministério não faz avaliação de transmissão, mas sim de casos, e disse que autores de notícias falsas gostam de "se travestir de alguma autoridade" para espalhar desinformação.

O ministro demonstrou muita irritação com a divulgação do áudio falso e disse que só decidiu ir à entrevista coletiva do domingo para desmentir o áudio. "Fica aí mais uma fake news para a coleção das fake news, das mais idiotas que acontecerão durante esse período de caminhada que nós teremos pela frente."

"Isso me irrita tanto", afirmou o ministro, que pulou uma pergunta da imprensa sobre informações circulando na internet dizendo "não aguento mais redes sociais".

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