Academias e óticas querem virar serviço essencial

| 18/03/2021, 17:35 17:35 h | Atualizado em 18/03/2021, 17:59

Donos de academias e óticas querem que suas atividades sejam incluídas pelo governo do Estado como serviço essencial e fazem apelo para que possam manter unidades abertas a partir desta quinta-feira (18), quando começa a quarentena no Espírito Santo.

O presidente da Associação das Academias de Ginástica do Espírito Santo (Acages), Carlos Andrião, ressaltou que os profissionais de educação física ajudam pessoas que tiveram Covid-19 a se recuperarem fisicamente.

“Muitos vão à academia para tratar a parte física e também mental. Não é por questão financeira. É pelo trabalho do educador físico no cuidado com a saúde das pessoas”, declarou.

Diretor técnico da Acages e proprietário de academia, Pedro Fortes frisou que as atividades de musculação são fundamentais também para fortalecer o organismo. “Com exercício, controle de peso, glicemia. As pessoas no pós-Covid precisam fortalecer a musculatura e, principalmente, recuperar a parte respiratória”, explicou.

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Também empresário do setor, Otaviano Duarte disse que muitos que se recuperam da doença entraram nas academias como parte do tratamento. “Se permanecerem fechadas, muitos vão parar o tratamento, o que é muito ruim”.

Empresários do setor ótico também questionam não estarem entre serviços essenciais. Conselheiro da Associação Brasileira das Indústrias Ópticas (Abióptica), Getulio Gomes de Azevedo disse que o setor presta um serviço relacionado à saúde visual.

“O usuário de óculos depende do acessório para conseguir enxergar e realizar suas atividades laborais. A ótica é o único local capacitado para auxiliar no conserto ou na confecção dos óculos”, disse.

Segundo Getulio, a associação já encaminhou ofícios ao governo do Estado e a prefeitos da Grande Vitória defendendo a inclusão do setor nos serviços essenciais. Cariacica foi a primeira cidade a declarar que as óticas poderão funcionar através do decreto nº067, publicado no Diário Oficial do município, nessa quarta (17).

Os empresários Cláudio Sipolatti e José Antônio Pupim, presidentes dos Sindicatos dos Lojistas de Vitória e Cariacica, respectivamente, dizem entender o momento, mas que o comércio não pode ser sacrificado.


Opiniões


"Precisamos fortalecer a nossa imunidade, e o exercício físico é fundamental para isso”
Carlos Andrião, presidente da Acages

"Os usuários de óculos precisam de constantes correções no acessório”
Getulio Gomes de Azevedo, conselheiro da Abióptica

"Sabemos que temos que colaborar, mas o lojista sentiu desprestígio”
Cláudio Sipolatti, presidente do Sindicato dos Lojistas de Vitória

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