Coronavírus: Primeira morte é de um aposentado, diácono de igreja evangélica
A primeira morte confirmada por coronavírus no Estado, nesta quinta-feira (2), é de um aposentado de 57 anos, que fazia parte de uma igreja evangélica localizada na Serra.
A confirmação de que o teste para coronavírus deu positivo para o aposentado foi divulgada com exclusividade na quarta-feira (1) pelo Blog Plenário, no Tribuna Online. Na ocasião, o blog detalhou que uma outra pessoa da igreja também recebeu o mesmo diagnóstico. Mais integrantes da congregação estão com suspeita de covid-19 e aguardam exames.
O aposentado estava internado na UTI do Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, desde o último dia 24 de março. Diácono da igreja, casado e pai de três filhos, o aposentado apresentava sintomas de gripe desde o dia 18 de março e procurou o hospital no dia 24, quando apresentou febre. No mesmo dia ele precisou ser entubado e foi levado para a UTI.
O quadro se agravou rapidamente. No dia 26, saiu o resultado do exame que confirmou que ele estava com Covid-19. Já em isolamento, ele teve miocardite e insuficiência renal. Morreu às 22h45 de quarta-feira (1).
Conforme o Blog Plenário adiantou na quarta-feira, além dele, outras seis pessoas da mesma igreja foram internadas em hospitais públicos e particulares da Serra com problemas respiratórios, inclusive a filha do diácono – uma pastora que, segundo membros da igreja, teve alta hospitalar na quarta.
Um rapaz da igreja também testou positivo para Covid-19. Ele estava internado na enfermaria de um hospital particular e recebeu alta na tarde de quarta-feira.
Os outros, incluindo uma diaconisa e uma outra pastora – as duas têm 57 anos e estão internadas na UTI –, ainda aguardam o resultado do teste que fizeram para coronavírus.
"Um grande amigo"
Segundo o pastor da igreja – que pediu para não ser identificado –, o aposentado não comparecia ao culto desde o último dia 13. “A igreja está fechada, nós respeitamos as autoridades e o decreto, e temos feito culto on-line. Nosso último culto de portas abertas foi no dia 20 e, antes disso, o diácono já tinha conversado comigo que não iria vir, porque ele já tinha alguns problemas de saúde, estava no grupo de risco. O último culto que ele veio foi no dia 13”.
O pastor disse que ficou sabendo da morte do diácono da sua igreja – que tem cerca de 700 membros – às 12h de quinta-feira (02). À tarde, ele e outros dois fiéis compareceram ao sepultamento.
“Já tinha em torno de cinco anos que ele estava na igreja, era um diácono muito eficiente, muito querido pela comunidade, meu braço direito. Era como um severino, pau pra toda obra. Fazia de tudo na igreja e era um grande amigo. Foi uma perda muito grande para todos nós”, disse o pastor.