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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

A coragem das mulheres e a necessidade de punição exemplar

Coluna foi publicada no sábado (02)

Layla Freitas | 04/03/2024, 10:42 h | Atualizado em 04/03/2024, 10:42

Imagem ilustrativa da imagem A coragem das mulheres e a necessidade de punição exemplar
Daniel Alves foi condenado pelo estupro de uma mulher de 23 anos pela justiça da Espanha |  Foto: D.Zorrakino/Pool Photo via AP

O cenário atual em que ex-jogador Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos, destaca a crucial importância de as vítimas denunciarem tais crimes, não se deixando intimidar pelo poder social, pelo medo ou por possíveis represálias. A luta contra o assédio e a violência de gênero ganha relevância, destacando a importância das mulheres denunciarem sem temer a intimidação dos assediadores.

Um ponto crucial é a exemplaridade das punições, que servem como um farol, iluminando o caminho para uma sociedade mais justa e segura. O sentimento universal do medo, experimentado por todas as vítimas, não deve servir como obstáculo para que as mulheres exerçam seu direito de denunciar e buscar proteção.

O estupro é universalmente reconhecido como um dos crimes mais hediondos e muitas mulheres expressam que prefeririam a morte a serem vítimas desse ato. Contudo, a coragem não apenas expõe a gravidade do crime, mas também contribui para a desconstrução de um ambiente que permite tais atrocidades.

A punição exemplar é um instrumento fundamental na luta contra o assédio. Ela não apenas responsabiliza o agressor individualmente, mas serve como um alerta à sociedade, demonstrando que o comportamento inaceitável terá consequências sérias. Isso cria um ambiente onde as mulheres se sentem encorajadas a romper o silêncio, confiantes de que suas denúncias serão levadas a sério.

A importância das mulheres denunciarem os casos, não se resume à busca por justiça individual. Cada denúncia contribui para a mudança cultural, desafiando a normalização do assédio. Esta não é apenas uma busca por reparação, mas um ato corajoso que promove a conscientização e encoraja outras vítimas a se manifestarem.

Infelizmente, o poder social muitas vezes contamina o processo de denúncia. A sociedade pode estar propensa a defender figuras influentes, o que cria um ambiente hostil às vítimas. No entanto, é crucial lembrar que a justiça não deve ser influenciada pelo status social do agressor. A denúncia e a punição devem ser imparciais, garantindo que todas as mulheres, independentemente de sua posição na sociedade, tenham igualdade perante a lei.

No Brasil, apesar da legislação afirmar que o clamor público não deve influenciar em decisões, a prática muitas vezes sugere o contrário. Duas legislações nascidas de casos de repercussão nacional refletem a necessidade de mudança. A Lei Joana Maranhão e o caso Mari Ferrer ressaltam a importância de proteger as vítimas, assegurando que a justiça seja efetiva e não revitimize os que já sofreram demais.

A denúncia de casos de assédio contribui para uma sociedade mais justa. A punição desempenha um papel vital, não apenas como retribuição ao agressor, mas como uma esperança para um futuro onde a violência de gênero seja erradicada. A influência do poder social não pode comprometer a busca pela justiça, e a mudança cultural só será alcançada quando cada voz for ouvida e cada denúncia for tratada com a seriedade que merece.

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