O batismo de Jesus
Neste domingo (12) celebramos o "Batismo de Jesus". É um momento de reflexão e de descoberta da riqueza e da beleza deste sacramento da Igreja
Os quatro evangelistas narram o batismo de Jesus: sinal de sua importância na vida de Jesus Cristo e das primeiras comunidades cristãs. A vida oculta em Nazaré mostrou a sua humanidade: “Eram-lhes submisso, – anota Lucas –; crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”; no batismo, ao invés, é o Pai que o apresenta oficialmente ao mundo. O Espírito Santo, que já tinha descido sobre ele, na anunciação, agora, no batismo, “permanece” sobre Ele. O Pai o declara: “Meu Filho Amado”, que veio tirar o pecado do mundo. Na Cruz, tomará sobre si toda a miséria e a degradação humana.
Se o batismo de João Batista redimia os pecados, então, por que Jesus foi se batizar, se Ele – como declara Paulo – era “igual a nós em tudo, menos no pecado“? Jesus, no batismo, quis tornar-se solidário conosco: descendo às águas, carregou sobre si os pecados e os sofrimentos de toda a humanidade, pois Ele “o servo sofredor de Javé”, veio curar os males do mundo, que são a consequência e o castigo do pecado.
A esse gesto de incrível misericórdia, o Pai responde, enviando o Espírito Santo, sobre Ele: “Tu és o meu Filho amado; em ti eu ponho todo o meu afeto”. Voz, que ressoará novamente na Transfiguração: “Este é o meu filho, o Eleito”. No batismo no Jordão, o Pai revela a identidade de Jesus: Ele é “o meu Filho Amado”; na transfiguração, ordena de obedecer-lhe, cumprindo tudo o que Ele ensinou, como, também, integrar a sua Igreja, pois “não existe outro nome, no qual os homens possam ser salvos”.
O batismo de Jesus nos faz descobrir a riqueza e a beleza do nosso batismo: pertencer e depender de Cristo e de sua Santa Igreja. Juntamente com a Eucaristia e a confirmação, o batismo é o sacramento da “Iniciação cristã”. É o fundamento da nossa fé, pois nos insere como membros vivos em Cristo e na sua Igreja; nos configura com Ele, o Senhor ressuscitado, fazendo de nós um sinal vivo de sua presença no mundo: “Ignorais, porventura – diz Paulo – que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Pelo batismo, fomos sepultados juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim, caminhemos nós, também, numa vida nova”
Devolver ao ser humano a dignidade perdida foi a missão de Jesus: “Todo atentado contra a dignidade humana – afirma Papa Francisco – é uma profanação do santuário de Deus, que é a pessoa humana; um sacrilégio, que despreza o dom de Deus; uma injúria ao misterioso e amoroso cuidado de Deus, por todo ser humano”.
A melhor herança, que possamos transmitir aos nossos filhos, é, sem dúvida alguma , um amor profundo a Jesus Cristo e à sua mensagem, oral e escrita, como, também, um amor incondicional à sua Santa Igreja, seu corpo místico e sua esposa, e, contribuir, conforme o impulso do nosso coração, para o seu sustentamento e crescimento, no mundo atual.