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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Loucos na linha

Confira a coluna de domingo (26)

Pedro Valls Feu Rosa | 27/01/2025, 14:13 h | Atualizado em 27/01/2025, 14:13

Imagem ilustrativa da imagem Loucos na linha
Pedro Valls Feu Rosa é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo

Dia desses, lendo um jornal do Reino Unido, encontrei uma relação de chamadas estranhas feitas para o serviço de emergência da polícia daquele país, digna de ter sido feita a partir de um sanatório.

Vamos começar pela mulher que pediu auxílio policial para localizar sua dentadura, perdida no jardim. Uma outra, não menos desesperada, telefonou para relatar que havia uma pequena aranha sob seu travesseiro. E uma terceira para reclamar que um esquilo invadira seu quintal. Há também o caso de uma mulher que telefonou aos gritos relatando que seu telefone celular caíra no vaso sanitário.

Uma outra senhora pediu a ajuda dos agentes da lei para fechar uma das janelas de sua casa. E um senhor comunicou que o pneu de seu carro estava furado e pediu a presença de um policial para repará-lo.

Encerrava essa lista o caso da mulher que não conseguia retirar o “cinto de castidade” do marido – uma peça de metal digna dos tempos medievais.

Poucos dias depois, encontrei uma lista similar feita pela polícia australiana. Narrava-se nela o caso de um jovem apaixonado que pediu ajuda para falar mais tempo com sua namorada, pois os créditos de seu celular estavam no fim. Seguia o caso de uma senhora que considerou ser caso de polícia a dúvida que tinha sobre o tempo ideal de permanência de uma galinha no forno.

Há também os nervosos, claro. Em Portugal, um deles telefonou inacreditáveis 6.970 vezes para o serviço de emergência exclusivamente para insultar quem o atendia.

Nos Estados Unidos, o problema era de relação de consumo – um cidadão telefonou indignado, dizendo-se enganado por um traficante de cocaína que teria cobrado um preço extorsivo (US$ 40) por uma quantidade muito pequena da droga – apenas 0,4 grama.

Ainda naquele país, uma senhora acionou os serviços da polícia pedindo ajuda para encontrar um marido – qualquer um! Uma outra, não menos ansiosa, telefonou para protestar sobre a qualidade das asas de galinha que lhe serviram em um restaurante. E uma terceira comunicou aos agentes da lei que ficara sem cigarros em casa, solicitando que alguma viatura próxima resolvesse o problema.

Não nos esqueçamos da motorista norte-americana que contactou o serviço de emergência para relatar que não conseguia sair de seu carro. Indagada sobre se havia alguma falha mecânica ou acidente respondeu que estava tudo em perfeita ordem – o problema era sua embriaguez!

Enquanto isso, o problema de um cidadão lá da Flórida (EUA) era a fome: pediu que algum policial fosse encarregado de levar sanduíches para sua casa. Pior foi um outro, da mesma região, que telefonou solicitando os serviços de prostitutas.

Até as crianças passaram a fazer parte desse horror: um menino norte-americano, de apenas 10 anos de idade, convocou os policiais a ajudá-lo a não ir para a cama dormir, conforme sua pobre mãe havia ordenado.

Falei, até aqui, dos loucos. Mas há também os desesperados – pessoas normais que, precisando de ajuda urgente, encontram as linhas da polícia ocupadas. Que tal pensarmos sobre isso?

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