Gestão tributária eficiente é diferencial competitivo
Confira a coluna desta quinta-feira (06)
A complexidade do sistema tributário brasileiro é um dos principais desafios enfrentados pelos setores que impulsionam a economia, incluindo o segmento atacadista e distribuidor. Com uma legislação extensa, constantes mudanças normativas e exigências fiscais rigorosas, as empresas precisam adotar uma gestão tributária estratégica e eficiente para manter sua competitividade e garantir a sustentabilidade do negócio.
Essa gestão, no entanto, vai muito além do mero cumprimento das obrigações fiscais. Ela exige planejamento minucioso, análise criteriosa dos incentivos disponíveis e a implementação de boas práticas que minimizem riscos e custos desnecessários. Para um setor que opera com margens reduzidas e altos volumes de mercadorias, como o atacadista e distribuidor, qualquer otimização tributária pode representar uma vantagem competitiva significativa.
Na prática, o impacto dos tributos na precificação dos produtos é um fator determinante para a competitividade. Empresas que conseguem estruturar sua carga tributária de forma eficiente conquistam melhores condições de precificação, podendo oferecer produtos mais acessíveis sem comprometer a margem de lucro.
Nesse contexto, o suporte de entidades representativas, como o Sincades, torna-se um diferencial estratégico. O acesso a orientações especializadas permite que as empresas explorem as modalidades de incentivos fiscais, como regimes especiais de tributação, créditos acumulados de ICMS, redução da base de cálculo, diferimento e benefícios para exportadores.
Apesar dessas oportunidades, a elevada complexidade das normas e a insegurança jurídica permanecem como desafios constantes. Para enfrentá-los, é essencial investir em planejamento tributário, monitoramento contínuo das mudanças legislativas e automação dos processos fiscais. Além disso, contar com o respaldo de uma entidade representativa facilita o acesso a informações estratégicas e suporte técnico qualificado.
Novos desafios estão por vir. Com a reforma tributária prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026, o setor atacadista e distribuidor enfrentará mudanças expressivas. A substituição de tributos como ICMS, ISS, PIS e COFINS pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) demandará das empresas uma nova abordagem para adaptação fiscal.
Entre os principais impactos estão a alteração na forma de apuração dos tributos, o fim da guerra fiscal entre estados e uma nova sistemática de transição. Antecipar-se a essas mudanças será essencial para mitigar riscos e otimizar a gestão tributária.
Mais do que nunca, a atuação conjunta entre empresários e entidades de classe será fundamental para assegurar condições tributárias mais justas e um ambiente de negócios favorável ao crescimento econômico.
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