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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Comer e não ter a vergonha de ser feliz

Se ao longo do tempo mudamos as formas de interagir entre nós, podemos mudar como entendemos a comida também

Rayanne Pimentel | 30/05/2023, 13:29 13:29 h | Atualizado em 30/05/2023, 13:30

Imagem ilustrativa da imagem Comer e não ter a vergonha de ser feliz
Rayanne Pimentel é nutricionista especialista em doenças autoimunes |  Foto: Divulgação

Ai, dieta! A palavrinha é curta, mas assusta mais que um fantasma. “Nossa, fantasma nem existe”, dizem os pacientes. Pois é, então para que esse medo todo? Quantas caretas contrárias encontro no meu consultório. É a lenda de que todas as suas delícias serão desumanamente retiradas de alcance. A vilã é sempre o ou a nutricionista. 

Mas o profissional tem o papel essencial de ensinar as pessoas a gostarem da comida e não temê-la. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), mais de 90% dos pacientes que fazem dietas restritivas recuperam o peso no período de até cinco anos. 

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Isso porque a retirada brusca e excessiva de alimentos torna a manutenção do programa alimentar insustentável. Não é aceitável para o cérebro ter, no dia a dia, poucas calorias para saciar a fome. Nem mesmo saudável para o funcionamento do corpo. É preciso deixar de demonizar a comida para construir uma relação harmônica. 

Na obra de Zygmunt Bauman, “Modernidade Líquida”, socializar é a capacidade de cada indivíduo em interagir com o outro. Assim, desenvolve uma estrutura social. Do mesmo modo, é possível associar a alimentação como uma forma de inserção social, pois também se valida como uma forma de interação. Ora essa, então! 

Se ao longo do tempo mudamos as formas de interagir entre nós, também podemos mudar como entendemos a comida. Por isso, abandonei o termo dieta dos meus atendimentos. Afirmo (e tenho convicção disso) que mostro uma nova forma de viver, afinal, comer é socializar. 

Titãs cantam que “a gente não quer só comer, a gente quer prazer para aliviar a dor”. Não há como negar que comida é afago e carinho, a comfort food, que nos trazem alento e constroem memórias afetivas.

Planos alimentares levam em conta o que é real na vida do paciente. As escolhas dos itens são aliadas dentro da estratégia usada para cada paciente. É a sabedoria do que comer. Ter controle da mente é mais importante que da boca. Um estudo do Instituto Médico Howard Hughes, dos EUA, apontou que somos programados para detestar dietas. O nosso cérebro mostra para o organismo que não quer reviver a sensação de fome. E os neurônios ficam “agradecidos” quando o corpo é alimentado, associando comida a boas sensações. É o tal “o melhor tempero é a fome”. 

A fome é fisiológica, natural e normal, afinal, é o corpo indicando que precisa de nutrientes. Mas também é perigosa. Perceber os sinais dela antes que esteja tão forte ao ponto de perder o controle. A nutrição nos ensina a ouvir melhor o corpo, respeitá-lo e não sermos controlados pela fome. Ora, então, conviver melhor com a comida e com os que nos rodeiam. 

Entender como cada alimento funciona ou não para cada corpo.  A dieta boa é aquela que se encaixa à rotina de cada um. O que se adequa a individualidade, tornando-se possível de ser praticada. É uma nova forma de se relacionar com o alimento. Não é o que comer, mas sim como viver. Com mais leveza e mais saúde.

Rayanne Pimentel é nutricionista especialista em doenças autoimunes

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