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Leitores do Jornal A Tribuna

Casos de câncer colorretal aumentam entre os jovens

Coluna foi publicada nesta quinta-feira (29)

Felipe Mustafa | 29/08/2024, 11:36 h | Atualizado em 29/08/2024, 11:36

Imagem ilustrativa da imagem Casos de câncer colorretal aumentam entre os jovens
Câncer colorretal tem se tornado preocupação entre jovens e adolescentes |  Foto: Canva

O câncer colorretal, anteriormente considerado uma doença que afetava principalmente pessoas com mais de 50 anos, está se tornando uma preocupação crescente entre jovens e adolescentes. Um estudo recente da Universidade de Missouri-Kansas City, nos Estados Unidos, revelou aumento alarmante na incidência desse tipo de câncer em faixas etárias muito mais jovens.

Entre 1999 e 2020, a ocorrência de câncer colorretal aumentou 500% entre indivíduos de 10 a 14 anos, 333% entre aqueles de 15 a 19 anos e 185% entre os de 20 a 24 anos. Os dados foram apresentados em maio, durante a Semana de Doenças Digestivas, um evento científico organizado por três sociedades médicas norte-americanas em Washington.

No Brasil, o cenário não é menos preocupante. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o País poderá registrar até 45 mil novos casos de câncer colorretal até o próximo ano. Esse crescimento alarmante entre a população jovem exige uma reflexão urgente sobre os fatores que estão contribuindo para essa tendência.

Ano passado, foi divulgado o caso de um menino de Minas Gerais que descobriu um câncer de intestino aos 10 anos. Perda de peso, de apetite e desinteresse por atividades físicas foram os sinais que, segundo a mãe do garoto, ele apresentou.

Não podemos dizer a causa que levou a doença aparecer na criança, mas entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal estão os maus hábitos alimentares. Dietas ricas em carne vermelha e processada, como salsichas, bacon e presunto, estão fortemente associadas a um maior risco de desenvolvimento desse tipo de câncer. Esses alimentos contêm compostos que podem causar mutações nas células do cólon, levando ao câncer.

O principal exame para o diagnóstico do câncer colorretal é a colonoscopia, recomendada, segundo as diretrizes atuais, a partir dos 45 anos. No entanto, pessoas com histórico familiar de câncer colorretal ou outras condições predisponentes podem precisar iniciar o rastreamento mais cedo. A colonoscopia permite a detecção precoce de pólipos e outras anormalidades antes que os sintomas apareçam, aumentando significativamente as chances de tratamento bem-sucedido e cura.

Embora a colonoscopia não seja uma prática de rotina para crianças, ela pode ser indicada em casos em que na família haja histórico de pólipos, ou câncer colorretal hereditário, ou quando a criança apresenta sintomas como sangramento nas fezes, diarreia persistente e dor abdominal que não respondem ao tratamento adequado.

Precisamos urgentemente voltar a ter uma alimentação mais natural, sem excessos, associada à atividade física e ao sono de qualidade. Também devemos estar atentos a qualquer mudança no padrão de evacuação. E sempre lembrando que exames e consultas de rotina podem ajudar na detecção precoce de câncer e de outras doenças.

Imagem ilustrativa da imagem Casos de câncer colorretal aumentam entre os jovens
Felipe Mustafa é cirurgião digestivo e endoscopista |  Foto: Divulgação

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