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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

A teoria do queijo suíço na defesa contra o coronavírus

| 03/06/2021, 09:45 h | Atualizado em 03/06/2021, 09:49

Originalmente proposto formalmente por James T. Reason, um psicólogo cognitivo professor da University of Manchester, o modelo do queijo suíço de causalidade de acidentes, visava explicar a falibilidade humana no que tange a análise e gerenciamento de risco, desde o segmento de saúde até critérios de segurança e defesa de rede de computadores.

Ele compara os sistemas humanos a várias fatias de queijo suíço, empilhados lado a lado, nos quais o risco de uma ameaça se tornar realidade é mitigado pelas diferentes camadas e tipos de defesas que são dispostas uma atrás da outra.

Portanto, em tese, lapsos e fragilidades em uma defesa não permitem que um risco se materialize, uma vez que também existem outras defesas, para evitar um único ponto de falha. Por esta razão, às vezes também é chamado de "efeito de ato cumulativo".

O modelo do queijo suíço é respeitado e considerado um método útil de relacionar conceitos, ele por isso tem sido usado de maneira muito ampla. Ultimamente, em debates sobre como derrotar o coronavírus, especialistas se referiram ao modelo em questão para defesa contra pandemia.

Bom, agora a metáfora ficou fácil de entender: múltiplas camadas de proteção, imaginadas como fatias de queijo, bloqueiam a propagação do novo coronavírus, Sars-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19. No entanto, é preciso ressaltar que, assim como uma fatia de queijo suíço, nenhuma camada é perfeita, ou seja, cada uma tem furos e, quando os furos se alinham, o risco de contaminação aumenta.

Mas várias camadas combinadas reduzem expressivamente o risco geral, como: o uso de máscara, lavar as mãos com frequência, distanciamento de 1,5m, limpeza de superfícies, evitar aglomerações e espaços/ambientes abertos. Logo, a vacinação é mais uma camada protetora, não excluindo as demais.
Ian Mackay, virologista da University of Queensland, em Brisbane, Austrália, criou uma metáfora do queijo que combina muito bem com a pandemia do coronavírus, o The Swiss Cheese Respiratory Virus Pandemic Defense – Modelo do Queijo Suíço de Defesa da Pandemia Respiratória (livre tradução).

Neste modelo ele propõe uma série de camadas, como: distanciamento físico e, se estiver doente, ficar em casa; uso de máscaras; higienização de mãos e etiqueta para tosse; evitar contato com a face; limitação do tempo, em caso de ambiente lotados; teste e rastreamento rápido e sensível; ventilação, ambientes ao ar livre e filtragem de ar; comunicação e suporte financeiro do governo; quarentena e isolamento; e por fim, as vacinas.

Perceba que, para as propostas iniciais de camada desta teoria, temos responsabilidades pessoais e, para as camadas finais, temos responsabilidades compartilhadas.

Ignorar uma camada que seja já seria suficiente para causar um risco muito grande para a comunidade, ou seja, antes é preciso ter o autocuidado para, então, ter o cuidado com o próximo.

Em suma, a segurança de qualquer local e das respectivas pessoas é baseada no alinhamento da volatilidade dos buracos destas camadas, permitindo a ação do vírus em nosso meio.

BRUNO BOM é engenheiro químico.

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