Você é o que você mais pensa: seja bom ou ruim

Mulher pensativa |  Foto: Arquivo AT

Pode-se dizer que todo mundo deseja uma boa vida, com saúde, boa condição financeira e tranquilidade. Contudo, é preciso se questionar sobre quais as formas e caminhos você tem usado para conseguir isso. Estratégias erradas podem não te levar ao lugar que você quer conquistar na vida. 

Na nutrição e saúde se diz que somos o que comemos. Na saúde mental podemos dizer que somos o que pensamos. Se isso é verdade, quem você é? Nosso pensamento e nosso modo de viver nos direcionam para objetivos que nem sempre são os lugares que queremos chegar.

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Nosso pensamento é uma construção ocorrida ao longo da vida pelas escolhas e decisões que tomamos, sejam boas ou ruins, positivas ou negativas.

Então, tudo é uma questão de sintonia que estabelecemos com o mundo à nossa volta. Pense nisso e veja o caminho que está seguindo. Você nutre a sua mente mais com problemas ou mais com soluções? 

Há pessoas que usufruem de saúde e boa vida financeira, no entanto, não se sentem felizes. Por quê? Provavelmente elas alimentam um estilo de ideia de que sempre falta alguma coisa. Elas não vivem o presente. Estão sempre no futuro, e com isso começam a sofrer com crises de ansiedade. 

Se você se sente uma vítima, ok, você será uma vítima. Se você se sente capaz, ok, você será isso. Tudo é uma escolha, entende? Então, se pergunte agora: quem você será e no que você se transformará no dia em que parar de reclamar, parar de atacar e culpar as pessoas, se irritar menos, reclamar menos da vida, acusar menos os outros. 

Há pessoas que desenvolveram o hábito de focar mais no lado negativo da vida. Você é assim? Por exemplo, costuma-se dizer que um dia nublado é um dia feio. Quando é apenas um dia fresco. 

Existem crenças e valores que foram aceitos como verdadeiros de tanto que foram repetidos ou proibidos. Então, isso pode ser reconstruído e modificado agora. Mas você terá que tomar a decisão de mudança.   

Pessoas que não conseguem se modificar, se atualizar, se tornam rígidas, duras e amargas. Essas terão muita dificuldade em lidar com uma perda e com o fracasso em suas vidas. 

Viver tem um dinamismo que extrapola as nossas crenças, nosso padrão de vida e status social. Não há riqueza ou dinheiro na conta corrente que nos impeça de passar por um sofrimento ou perda. 

O mundo é uma escola e estamos todos juntos na mesma “sala de aula”. 

Enquanto não aprendermos a ser coletivos, continuaremos a ser reprovados nos testes da vida. Sair do lugar confortável de criticar, atacar, acusar, brigar é um desafio pessoal, que nem todos querem deixar. 

Mudanças são trabalhosas, mas são necessárias. Sem elas não há evolução e crescimento no plano pessoal e nem no coletivo. 

O mundo se torna imediatamente melhor para você quando você passa a ver a necessidade e importância do outro na sua vida. Você se torna melhor quando você passa a ser coletivo. 

Mude o seu jeito de ver as coisas e perceberá que tudo vai melhorar, ou não, dependerá apenas de você. 

Ser menos reativo é o caminho para sofrer menos e viver melhor e mais feliz.

Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

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