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Papo de Família

Papo de Família

Colunista

Cláudio Miranda

Briga de casal separado

Coluna foi publicada no sábado (04)

Claudio Miranda | 06/11/2023, 10:09 h | Atualizado em 06/11/2023, 10:11

Imagem ilustrativa da imagem Briga de casal separado
Brigas entre casais separados podem fazer mal à saúde mental |  Foto: © Divulgação/Canva

O casamento é um compromisso que deveria seguir ao longo da vida, “até que a morte os separe”. Na vida de casados, as duas partes precisam o tempo todo sentar-se à mesa para conversar e ajustar suas diferenças. Você concorda com isso?

Muitos acham que a pior coisa que pode acontecer com um casal é a traição. Embora isso seja desastroso e possa abalar profundamente um casamento, existem muitas situações que podem ser extremamente desgastantes para os envolvidos.

Há casais que não conseguem superar suas diferenças e acabam se separando por decisão de um ou de ambos. Se separar não é um problema em si; é uma solução para que um problema não perdure ou não se agrave.

Um dos grandes problemas que se vê nas separações são casais que não estão mais juntos, mas que continuam brigando por motivos que não fazem mais sentido serem debatidos.

Muita gente rompe o casamento, mas segue a vida se digladiando por questões financeiras, ciúmes, raiva, mágoa e ressentimento.

Quem briga, se acusa e está insatisfeito, é casal casado. Casal divorciado já resolveu seu problema se separando da outra parte. Se quiserem continuar brigando, não era para terem se separado.

A separação seria uma solução para um problema de relacionamento e convívio. Então, não teria sentido as brigas continuarem.

Parece que sentem a necessidade daquele estresse em sua vida. Isso é muito ruim para a saúde mental das pessoas envolvidas, principalmente quando têm filhos.

Em uma separação saudável, cada um segue sua vida com seus compromissos sem fazer ataques ao ex. Todo problema ou situação que surgir com os filhos é conversado e solucionado.

Os que não agem assim geram muito desconforto emocional, principalmente para os filhos. Essas crianças viverão em clima de constante tensão e terão, certamente, sua autoestima abalada pela insegurança afetiva que vivem.

Muitos pais, em suas batalhas contra o outro, fazem de seus filhos a “corda do cabo-de-guerra”, gerando neles profunda instabilidade psicológica.

Às vezes, esses conflitos se manifestam como doenças ou dores no corpo físico, num processo chamado de somatização.

Antes de começar uma briga com o ex, avalie:

- O assunto já foi discutido antes? Se já conversaram sobre isso, não precisa falar mais sobre aquilo. Aprenda a conversar e, no final, você e a outra parte tomarão decisões sobre como vão solucionar o problema.

- O tema tem a ver com ciúmes? Com quem a outra parte se relaciona ou se relacionou não te importa mais. Seu casamento já acabou. Quem pode brigar por ciúmes é casal casado ou em relacionamento.

- É uma raiva? Se você guarda uma raiva, mágoa ou ressentimento da outra parte, procure uma terapia para entender seu sofrimento e ficar bem psicologicamente para seguir sua vida.

- Tem a ver com bens e dinheiro? Se o assunto tem a ver com divisão de bens e questões financeiras, sua conversa deve ser com um advogado.

Faça sempre essa breve reflexão e você se verá livre de muito estresse e constrangimento. Perceberá que ficará mais leve e otimista em relação ao futuro que o espera.

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