Negócios: ESG, Inteligência Artificial e empregabilidade
Por Carla Cristina Tasso, CEO da Tasso Accounting Business e presidente do Conselho Regional Contabilidade do Espírito Santo (CRC-ES)
A Inteligência Artificial, aplicada aos negócios, tem sido assunto em várias organizações, mas nem sempre se compreende como ela funciona nem qual seu potencial.
Aliada aos avanços da tecnologia, a Inteligência Artificial (também chamada IA) vem sendo utilizada para otimizar processos, gerar mais valor, aumentar a competitividade e conquistar melhores resultados.
Pensando nisso, o Espírito Santo será palco da 24ª edição da Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Espírito Santo, que vai abordar entre outros temas: Crédito de Carbono: Novo Mercado e Reflexo, Gestão de negócios, Como criar uma contabilidade de referência no mercado.
Leia mais notícias de Economia aqui
Falar de negócios é fácil, o difícil é separar a demagogia da realidade para realmente gerar riqueza intelectual e resultado prático.
Todo dia lemos, ouvimos e vemos notícias de diversos assuntos, mas, se refletirmos, permanece sempre um vazio cheio de informações. Serão três dias de imersão e muito estudo.
Vamos falar de ESG, termo em inglês – Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), Pacto Global e IA – Inteligência Artificial nos negócios.
O que realmente significa? Já está regulamentado? Como publicar e transparecer as ações e investimentos? Quais são as possíveis políticas e o que pode ser efetuado por empresas, sociedade e entes públicos?
Atualmente, vem surgindo um movimento mundial e inevitável voltado para a responsabilidade pelas áreas políticas, de transparência, governança, social e meio ambiente. Todas elas podem ser enquadradas nas ODS (Pacto Global) – que são os objetivos de desenvolvimento sustentável, hoje estes estão em 17.
Podemos ter políticas públicas e privadas utilizando as ODS?
Claro, vou citar algumas que considero bem interessantes, que podem fazer a diferença e ainda podem contribuir para a melhoria da sociedade: redução das desigualdades, fome zero e agricultura sustentável, consumo e produção responsáveis, energia limpa e acessível, água limpa e saneamento, educação de qualidade e saúde e bem-estar.
Estas são as necessárias e de rápida de implementação.
Vamos na prática dizer o que pode ser feito: energia renovável, como fotovoltaica. Imagine a economia no seu prédio, nas praças e em vias públicas, sem contar a economia de manutenção e redução de roubos. Reaproveitamento da água do ar-condicionado, por exemplo, para irrigação de jardins e calçadas.
O Espírito Santo é pioneiro na coleta seletiva de insumos por associações de catadores. O lixo segregado, que vai gerar insumos alternativos para produtos de consumo, como por exemplo roupas confeccionadas com tecido de embalagens de iogurte, assim como lápis, miolos de garrafas, pisos e outros.
Porém, vejam que contrassenso, apesar de o tema estar em alta, as discussões aquecidas e termos eventos desse assunto, as práticas efetivas são ínfimas, isso porque os empresários não acreditam no tema, esperam o vizinho fazer. E o mais relevante, custa caro no Brasil ser sustentável, e deveria ser o inverso.
Já parou para pensar: as empresas e instituições que estão tratando desses temas, quanto elas gastam, como demonstram, quais as metas e a que prazo? E quem regula tudo isso?
É normal as regulações não acompanharem o mercado, e esse também é o caso. Ainda não temos a regulação contábil desses gastos.
A contabilidade tem papel preponderante nessa evidenciação, avaliação e transparência, assim como na contribuição de ideias e aplicabilidade juntos aos seus clientes, aos fornecedores e outros agentes.