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Opinião Econômica

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Colunista

Dado Schneider: Liderança inovadora e sem autoridade para a nova geração

Especialista palestra nesta semana em evento do Conselho de Contabilidade e antecipou para A Tribuna um pouco sobre a relação com os mais jovens

Verônica Aguiar, do jornal A Tribuna | 03/07/2023, 19:23 19:23 h | Atualizado em 04/03/2024, 18:27

Imagem ilustrativa da imagem Dado Schneider: Liderança inovadora e sem autoridade para a nova geração
Dado Schneider falou do desafio de entender e conquistar os consumidores da chamada geração Z |  Foto: Acervo Pessoal/Reprodução

Em sua composição, o roqueiro Raul Seixas já expôs o quanto é libertador se desprender de repetir padrões: “Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

Em uma sociedade em constante mudança, a flexibilidade se torna essencial. E é  justamente para falar sobre as necessidade de lideranças inovadoras em um cenário em constante mudança que o professor doutor Dado Schneider vem palestrar no Estado, a convite do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-ES).

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Ele trabalhou em grandes agências de publicidade como MPM, Ogilvy, DM9, Escala. Também foi executivo de marketing da Claro e é o próprio criador da marca. 

Estudioso da geração Z — como são chamados os nascidos entre a segunda metade da década de 1990 e o início da de  2010 —, o visionário adianta que os expectadores vão usufruir de  um conteúdo leve, divertido e instigador. 

A Tribuna —  Qual é o principal desafio que as lideranças enfrentam hoje?  

Dado Schneider — No século XX, a autoridade estava imposta. No século XXI ela precisa ser conquistada. Quem continua tentando comandar equipes como se tivesse no século XX, não consegue ser reconhecido como liderança.

Quais as principais mudanças? 

Nós fomos criados para um mundo vertical. A autoridade está lá em cima,  tanto dentro de casa quanto no ambiente estudantil. A gente respondia à autoridade com temor. A informação estava concentrada nos mais velhos. A gente aprendia tudo com eles. 

Aí vem a internet e traz infinitas novas fontes de informação. Em geral, mais interessantes de se aprender do que ficar prestando atenção nas pessoas mais velhas. 

Com a internet, a estrutura de poder da sociedade muda. O conhecimento e a informação estão mais democratizados. A gente foi criado para um mundo em que manda quem pode, obedece quem tem juízo. A geração Z  não olha para autoridade com temor como a gente olhava.

Você diz que o mundo mudou bem na sua vez. Como?   

Quando  era jovem, eu tinha que me adaptar aos velhos. Agora que  estou ficando velho, no século XXI,  tenho que me adaptar aos jovens. Aí eu digo que o mundo mudou bem na minha na vez.

Como estudioso da geração Z, qual é o grande desafio dos negócios em ralação a esse público? 

A geração Z é formada por pessoas muito diferentes das gerações anteriores. Temos o desafio de integrar essa geração. Vamos ver se ela vai comprar os nossos produtos e serviços, porque ela não se interessa pela maneira como a gente fala. 

O que sugiro para as empresas, no momento, é contratar os velhos para atendimento e deixar a meninada na área da tecnologia Dado Schneider,

A comunicação é o maior desafio?

A comunicação é um dos maiores desafios. A maior crise hoje é de linguagem, a gente fala uma lingua que eles não prestam atenção. A gente não consegue chegar até eles. Mas não é só sobre comunicação, a gente vive uma mudança de era, de épocas. A gente foi criado para viver no século XX e vai viver no século XXI.

Para os escritórios de contabilidade, quais são os desafios diante de tantas mudanças?

Destaco três: na sucessão, com os colaboradores e clientes. Na sucessão, a geração Z é a primeira que veio ao mundo sem se cobrar a necessidade de ser sucessor. No passado, quando uma família tinha um escritório de advocacia, alguém tinha que estudar direito para tocar o negócio. A geração Z veio ao mundo para ser herdeira. Se ela trabalhar no negócio da família, é porque ela gostou. 

Outro desafio é na relação com os colaboradores. Os escritórios têm funcionários e terão cada vez mais funcionários dessa geração. Eles vão entrar e sair, entrar e sair, porque eles entram e saem até de concurso público. Se não for legal trabalhar lá, eles vão sair. 

É uma característica dessa geração que não é melhor  e nem pior que as outras, só é radicalmente diferente. 

A contabilidade também tem o desafio de conquistar essa geração como cliente ou não.  Para isso, vai ter que ter um ótimo serviço digital, tão moderno quanto o cliente. 

Quais comportamentos mais dasafiadores da geração Z? 

Eles não gostam tanto de contato humano quanto nós. Preferem falar pelo meio digital do que ao vivo. 

Isso cria algum tipo de dificuldade de desenvolvimento das atividades humanas?

Eles têm um desafio maior para se preparar para funções que exigem contato com o  público. 

Estamos vivendo um paradoxo. Nunca foi tão importante o atendimento para apreciar o serviço. Nunca as condições preparatórias para uma geração se preparar foi tão precária. É preciso do contato humano, mas eles são mais resistentes. O que  sugiro para as empresas, no momento, é contratar os velhos para atendimento e deixar a meninada na área de tecnologia da informação (TI). 

Como integrar as gerações?

A gente não pode não conviver com a nova geração. Eu aprendo com eles, mas não sei se  eles querem aprender comigo. Se eu for interessante, eles vão querer aprender comigo. 

O que o público pode esperar da sua palestra? 

A palestra é muito leve, descontraída. No outro dia, as pessoas  ficam pensando a respeito das verdades que ouviram. 

QUEM É

Dado Schneider

Professor, doutor em Comunicação,  palestrante, especialista em   geração Z. Autor do livro: “O Mundo Mudou... bem na Minha Vez”. Com experiência em grandes agências de publicidade como MPM, Ogilvy, DM9, Escala.  

Foi executivo de marketing da Claro e é o próprio criador do nome e da personalidade da marca. Ele vem ao estado para uma palestra a convite do Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

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