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Olhares Cotidianos

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Colunista

Vida pessoal e profissional

Confira a coluna desta quinta-feira (27)

Sátina Pimenta | 27/03/2025, 13:26 h | Atualizado em 27/03/2025, 13:26

Imagem ilustrativa da imagem Vida pessoal e profissional
Sátina Pimenta é psicóloga clínica, advogada e professora universitária |  Foto: - Divulgação

Quando você se apresenta, normalmente você fala seu nome e diz 'eu faço tal coisa'! Tipo 'eu sou a Sátina Pimenta e eu sou psicóloga'. Teoricamente estamos dizendo que possuímos dois modus operantes na vida: o pessoal e o profissional. Dito isto, vamos lá!

Recentemente, ao assistir à série “Ruptura” da Apple TV, fui tomada por uma reflexão profunda sobre a complexa relação entre nossa vida pessoal e profissional.

A trama da série explora como personagens enfrentam conflitos internos e externos ao tentar separar esses dois universos.

Ao mesmo tempo em que a série me faz questionar a viabilidade de separar esses dois mundos, afinal, tem dias que eu queria esquecer do meu trabalho e tem dias que eu me afundo em meu trabalho para esquece minha vida pessoal (quem nunca?!).

Percebo que o reconhecimento pleno – tanto no ambiente profissional quanto no pessoal – é essencial para nossa integridade.

Muitas vezes, nos vemos desamparadas, sem o devido reconhecimento em nenhum dos espaços, o que agrava os riscos, favorecendo o surgimento do adoecimento.

Hoje, participo de um congresso de saúde mental em São Paulo, chamado Vittude Summit, onde discutiram os riscos psicossociais no trabalho e a atualização da NR1 que fala sobre como as empresas deverão atuar sobre os mesmos.

Lá levantaram o debate sobre a série e sobre o tema, o que me deixou muito feliz! Afinal, eu não estava sozinha nos meus devaneios!

O que compreendi, é que ao mesmo tempo em que a série nos faz questionar a viabilidade de separar esses dois mundos, também nos faz perceber que o reconhecimento pleno – tanto no ambiente profissional quanto no pessoal – é essencial para nossa integridade.

Ratifiquei minha percepção com a publicação na renomada revista Psychology Today, onde especialistas destacaram que narrativas como as da série evidenciam a urgência de cuidarmos integralmente do ser humano, reconhecendo que o ambiente de trabalho pode ser tanto fonte de realização quanto de adoecimento.

Essa visão dialoga com a Teoria da Autodeterminação, que postula que a motivação intrínseca e o bem-estar resultam da satisfação de necessidades psicológicas fundamentais – algo imprescindível tanto na vida pessoal quanto profissional.

Ainda neste congresso tive o prazer de assistir a palestra do médico, advogado e professor Marcos Mendanha, que destacou como um ambiente de trabalho saudável pode mitigar os impactos negativos do estresse e impulsionar o bem-estar geral.

O mesmo trouxe dados estatísticos e científicos, através de artigos internacionalmente publicados, que desmistificam o trabalho como um monstro a ser combatido.

Segundo ele, quando os colaboradores encontram sentido em suas atividades, o trabalho deixa de ser um fator de desgaste e passa a contribuir para a nossa realização pessoal.

Essa reflexão me leva a crer que não podemos – nem devemos – separar a vida pessoal da profissional.

Ao contrário, é na integração desses espaços que encontramos a verdadeira possibilidade de evolução como sujeitos completos que somos. Não é??

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