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Olhares Cotidianos

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Colunista

Oh abre alas que eu quero passar…

Confira a coluna desta quinta-feira (20)

Sátina Pimenta | 20/02/2025, 14:03 h | Atualizado em 20/02/2025, 14:03

Imagem ilustrativa da imagem Oh abre alas que eu quero passar…
Sátina Pimenta é psicóloga clínica, advogada e professora universitária |  Foto: - Divulgação

Acho que o Carnaval é exatamente isso: um pedido de abertura. Abertura para eu poder passar do jeito que eu quiser, da forma que eu quiser, pelos caminhos que eu escolher.

O Carnaval é uma festa que celebra a liberdade. Liberdade de expressão, de escolha, de imaginação. Não é à toa que se fantasiar é justamente uma das principais funções dessa festa. Afinal, você conhece alguém que nunca se fantasiou no Carnaval? Acho que nem eu.

A palavra “fantasia” tem sua etimologia no grego “phantasía”, derivada do verbo “phantázein”, que significa “tornar visível” ou “fazer aparecer”. No grego clássico, “phantasía” era usada para se referir à formação de imagens criadas pela mente. O amigo ChatGPT me ajudou nesta! 

Isso é muito interessante, não é? Quando me fantasio, faço isso com a ideia de me ver em outro ser, em outra possibilidade de viver no mundo.

Às vezes, a fantasia é mais ousada, às vezes mais colorida. Às vezes, mais crítica – por que não? Outras vezes, pode ser mais esperançosa ou até mesmo debochada. O que vemos no Carnaval são pessoas colocando sua imaginação para fora. É uma possibilidade de expressão plena daquilo que talvez desejamos.

Parece maravilhoso, não é? Você poderia externar tudo que sente e se colocar do jeito que quiser durante uma sexta, sábado, domingo, segunda e terça de um mês qualquer no início do ano. Mas isso também pode ser um perigo.

O Carnaval é, muitas vezes, um momento de escapismo. É quando fujo da realidade em que vivo e posso, por alguns dias, ser algo que talvez não me permito no resto do ano. E aí vem a reflexão: quando uso o Carnaval para escapar daquilo que sou, preciso me perguntar se realmente quero permanecer sendo quem sou.

Não que todos os dias precisem ser Carnaval, mas é importante entender que nossas fantasias, imaginações e ideias estão presentes todos os dias de nossas vidas.

O sociólogo Erving Goffman, conhecido por sua teoria da “representação do eu” na vida cotidiana, sugere que usamos “máscaras” sociais para desempenhar diferentes papéis dependendo do contexto. 

No Carnaval, escolhemos nossas “máscaras” com liberdade e consciência. Talvez seja uma oportunidade para refletirmos sobre os papéis que usamos no dia a dia e sobre até que ponto eles refletem quem realmente somos.

E aí, já organizou seu EU do Carnaval?! Afinal, “minha carne é de carnaval, meu coração é igual”!

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