Nova tentativa

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (26)

Gilmar Ferreira | 26/04/2024, 10:54 10:54 h | Atualizado em 26/04/2024, 17:45

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Nova-tentativa0017828000202404261054/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FNova-tentativa0017828000202404261054.jpg%3Fxid%3D791389&xid=791389 600w, Pedro Martins é o novo diretor de futebol do Vasco

Em meio a tantas notícias ruins, sob o ponto de vista estrutural, com o acirramento do conflito de interesses entre a diretoria administrativa e os mantenedores da SAF, o torcedor do Vasco teve enfim um motivo para esperar por dias melhores: a contratação de um diretor para ordenar as metas do futebol. Pedro Martins, paulista de 36 anos, então executivo da SAF do Cruzeiro, aceitou mudar de ares e assumir o projeto da 777 Partners apresentado a ele há mais de uma semana.

Pedro Martins não tem o status de “homem de frente”, de estilo arrojado, articulador de grandes negociações. Mas é visto pelo mercado como profissional de boa formação acadêmica, pós-graduado em administração pela Universidade de Liverpool, na Inglaterra.

Faz parte de uma nova geração de gestores que não vêm do campo & bola. Fez parte da estrutura do Athletico/PR entre 2013 e 17, e trabalhou por três temporadas na reestruturação do futebol da Ferroviária paulista.

O trabalho dele no Cruzeiro é de difícil avaliação porque além da mudança de paradigma o clube teve praticamente de recomeçar do zero. E sob uma realidade econômica que não se afinava à expectativa do torcedor.

Neste ponto, o Vasco parece mais bem consolidado, embora o resultado técnico do clube mineiro em 2022 e 2023 tenha sido mais de acordo com as metas propostas. A 777, porém, entende que seu projeto cumpre o ciclo evolutivo, com perspectiva otimista em termos técnicos.

O problema é que Pedro Martins será o 14° diretor remunerado do futebol do Vasco nos últimos 10 anos - desde o retorno de Rodrigo Caetano em 2014. Em média, é como se o clube trocasse o gestor de sua principal pasta ao final de cada ano. Não é exatamente isso, mas é quase isso. E essa falta de identidade não só enfraquece o clube no concorrente mercado de compra e venda de jogadores, como atrasa o desenvolvimento de processos internos. O que explica o momento do Vasco.

Novo despertar

Aos poucos, ganha forma o Botafogo que Arthur Jorge projeta, com dois volantes e quatro homens de frente. As três vitórias nos últimos confrontos (Atletico/GO, Juventude e Universitário do Peru) vieram com mais posse de bola e 13 finalizações em cada jogo. Os jogadores parecem entender a proposta de um ritmo mais intenso na recuperação da bola e as combinações de ataque começam a fluir com maus naturalidade.

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