Nova presidente da CCJ quer fim da cota feminina na política

Coluna foi publicada no sábado (09)

Roseann Kennedy, Eduardo Gayer e Augusto Tenório | 11/03/2024, 10:54 10:54 h | Atualizado em 11/03/2024, 10:54

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Nova-presidente-da-CCJ-quer-fim-da-cota-feminina-n0017113100202403111054/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FNova-presidente-da-CCJ-quer-fim-da-cota-feminina-n0017113100202403111054.jpg%3Fxid%3D752541&xid=752541 600w, Caroline de Toni é a nova presidente do CCJ na Câmara dos Deputados

A nova presidente da CCJ da Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC), é autora de um projeto que acaba com a cota feminina nas eleições. A matéria aguarda análise na comissão e ela quer dar andamento. “Entrei na política não porque fui convidada para preencher uma cota, mas porque tinha um propósito. Essas iniciativas devem ser espontâneas, não forçadas. Protocolei a proposta para dizer que mulher não precisa de cota para participar da política, não há uma rivalidade entre homens e mulheres”, afirmou. Integrante da bancada conservadora, ela disse que só vai pautar matérias de costumes se houver garantia de vitória. Sobre a anistia aos presos pelos atos de 08 de janeiro, considera um projeto importante. “Se houver um clima político vamos pautar”.

Cautela. Caroline de Toni promete uma gestão de diálogo. “O Rui (Falcão, do PT, ex-presidente da CCJ) deferiu audiências que a direita pediu. É uma boa maneira de os trabalhos ocorrerem sem obstrução”, disse.

Reação. De Toni avalia que a sua escolha na CCJ e a de Nikolas Ferreira na Comissão de Educação sofreram rejeição “como qualquer outro de oposição teria”.

Divergência. Ex-ministros da Educação avaliaram a escolha de Nikolas. “É uma nomeação que se coaduna com o desprezo histórico que a Educação teve do Parlamento”, disse Cristovam Buarque, do governo Lula 1. “Qualquer um dos 513 deputados pode ocupar qualquer função na Câmara. Não existe essa classificação de ordem ideológica”, conclui Mendonça Filho, da gestão Temer. “Fico esperançoso. Nikolas é algo novo”, afirmou Abraham Weintraub, da gestão Bolsonaro.

Pulso firme. O presidente da Câmara, Arthur Lira, ameaçou usar a caneta para conter a rebelião da base de Lula contra a indicação de Nikolas Ferreira. Nos bastidores, avisou: se os governistas não indicassem os presidentes das outras comissões, não instalaria colegiados até junho.

Atração. Ministros e secretários do governo Lula comemoraram o apoio de bolsonaristas, no anúncio de R$ 23 bi do PAC Seleções para municípios. Os prefeitos de Angra dos Reis, Fernando Jordão, e de Teresópolis, Vinicius Claussen, ambos do PL, postaram vídeos nas redes sociais.

Como assim? Jordão e Claussen foram alvo de críticas dos eleitores, mas também receberam mensagens de apoio. Já o prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho (PSD), foi atacado após postar foto ao lado secretário de Assuntos Federativos, André Ceciliano, e do deputado Lindbergh Farias (PT).

Ato… A deputada republicana Maria Elvira Salazar, representante da Flórida na Câmara, criticou líderes de esquerda da América Latina, em audiência no Congresso dos Estados Unidos, por seus posicionamentos sobre Israel, e incluiu o presidente Lula.

...falho. No momento de citar o brasileiro, ela errou o nome. “No Brasil, o presidente Gustavo Lula da Silva disse que Israel estava repetindo o holocausto e que os israelenses são os novos nazistas dessa Era.” A deputada também disse ser preocupante “que esses líderes sejam os parceiros favoritos de Biden”, na região.


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