Lira tenta evitar final indigno à reforma do IR

| 30/08/2021, 07:54 07:54 h | Atualizado em 30/08/2021, 07:56

Uma questão ainda sem solução aparente ronda o governo e os governistas no Congresso: como dar um final digno para a malfadada novela da Reforma do IR? Há três opções na mesa de Arthur Lira (PP-AL): 1) colocar o texto para votação e ver no que dá; 2) deixar o assunto morrer por inanição; 3) o governo retirar o texto.

Paulo Guedes é entusiasta da terceira opção, o que tem deixado o presidente da Câmara extremamente contrariado por considerar um enterro indigno para a reforma e mais um carimbo claro de “derrota” na testa do governo.

Missão... A bancada federal paulista de 70 deputados e três senadores elegeu Alexandre Leite (DEM-SP) como novo coordenador. Vai ser preciso acalmar os ânimos de quem reclama uma atenção mais igual por parte do governo do Estado para com os parlamentares de diferentes partidos.

...difícil. “A minha proximidade com o Palácio dos Bandeirantes não é para tornar a bancada federal submissa às vontades do governo. É para ser um ponto de convergência”, disse Leite.

CLICK. Em pontapé da pré-campanha ao governo paulista, Geraldo Alckmin, cada vez mais longe do PSDB, participou da recepção do sindicalista Chiquinho Pereira ao PSB.

Risco. O adiamento da decisão do STF sobre o marco temporal de demarcação de terras coloca em risco a segurança dos cerca de seis mil indígenas que acompanham o julgamento, acampados na capital federal.

Avaliação. Para José Luiz Penna, presidente do PV, os indígenas podem sofrer ataques dos bolsonaristas, que estão se mobilizando para protestar contra o Supremo Tribunal Federal no dia 7 de setembro.

Conflito. Um encontro de mulheres indígenas em Brasília está marcado justamente para o feriado do Dia da Independência. Marcado, diga-se, antes da mobilização dos grupos que apoiam Jair Bolsonaro.

Calendário. O PSD do Senado indicou que poderá votar a favor do ex-advogado-geral da União André Mendonça para a vaga no Supremo. Se tudo ocorrer como previsto, a indicação do presidente Bolsonaro deve ser avaliada na terceira semana de setembro.

Fogo. O governo João Doria em São Paulo reduziu o valor liquidado pela Defesa Civil neste ano em comparação com 2020 de R$ 4 milhões para R$ 386 mil. Também houve queda no orçamento da Fundação Florestal: R$ 163 milhões para R$ 102 milhões.

Fogo II. As reduções ocorrem justamente no ano em que o Estado tem o agosto com maior número de focos de incêndio dos últimos dez anos. “Doria discursa pela ciência, mas áreas que dependem dela no Estado estão prejudicadas”, diz o deputado estadual Paulo Fiorilo (PT).

Justificativa. Rodrigo Levkovicz, da Fundação Florestal, diz que não houve cortes, mas adequação por conta da pandemia: investimentos em serviços que não estavam funcionando foram postergados. Ele cita salto no dinheiro da operação Corta-Fogo: de R$ 6 milhões em 2020, o previsto para este ano chega a cerca de R$ 11,5 milhões.

Prevenção. A Defesa Civil informou à Coluna que tem previsão de usar todo seu orçamento de R$ 52 milhões até o fim do ano.

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