Turistas elogiam festa dos tapetes

Pelo menos 100 mil pessoas de diversas partes do País visitaram os tapetes de Castelo ontem, segundo a organização do evento

Clóvis Rangel* | 17/06/2022, 17:27 17:27 h | Atualizado em 17/06/2022, 17:27

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00118343_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00118343_00.jpg%3Fxid%3D346977&xid=346977 600w, As cores e os temas dos tapetes confeccionados nas ruas de Castelo chamaram a atenção de quem passou pela festa de Corpus Christi da cidade
 

A pandemia da covid-19  interrompeu, por dois anos, a realização da tradicional festa de Corpus Christi em Castelo, no Sul do Espírito Santo. 

Os tapetes coloridos voltaram a enfeitar as ruas da cidade ontem e turistas de todas as partes do País elogiaram a beleza e a tradição da fé católica. E este ano, em sua 59ª edição, a festa aconteceu com uma novidade. 

Na última quarta-feira foi sancionada a lei n° 11.630/2022, que declarou a festividade como Patrimônio Cultural Imaterial do Espírito Santo.

“A cultura vem mostrando sua força e permanece prevalecendo nas cidades. É de iluminar o coração e só aumenta a vontade de prestigiar”, afirmou a psicóloga Josiane da Silva Lima, 50 anos, que mora em Indaiatuba, interior de São Paulo, e visitou Castelo pela primeira vez. 

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O aposentado Luiz Francisco Barbosa, de 80 anos, mora em Campos do Goytacazes, no Rio de Janeiro, e sempre visita os tradicionais tapetes. 

“Sempre venho e sempre me emociono. É uma festa linda, bem organizada. É uma das mais lindas”, comentou. 

O coordenador artístico da festa, Geraldo Vinco, de 71 anos, afirmou à reportagem que a expectativa foi grande para este ano e os voluntários, cerca de três mil, voltaram com “uma vontade imensa de que a festa acontecesse”. 

Segundo ele, cerca de 100 mil visitantes, público que superou todos os anos, conferiram os tapetes pelas ruas que circulam a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, no centro do município.

TEMA

O tema deste ano foi “Eu sou o pão vivo descido do céu”. Para a confecção dos 17 tapetes e das 17 passadeiras foram utilizadas 70 toneladas de material reciclado. 

De acordo com Geraldo Vinco, além dos temas eucarísticos, os tapetes abordaram o nascimento de Jesus, o meio ambiente e a pandemia do coronavírus.

As produções contaram com pinturas em palha de café, pedras, areia, flores, folhas e diversos outros objetos reutilizados. 

Considerada pela Igreja Católica uma das 10 maiores manifestações religiosas do Brasil, a Festa de Corpus Christi de Castelo teve início em 1963 e é realizada pela Paróquia Nossa Senhora da Penha, em parceria com a prefeitura do município.

MOTOCICLISTAS DA FÉ

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Entre os mais de 100 mil fiéis que participaram dos festejos de Corpus Christi na quarta-feira em Castelo, no Sul do Estado, estavam cinco integrantes do clube de motociclistas Flight of Eagles, que enfrentaram mais de 6 horas de estrada para conhecer os famosos tapetes que mostram a fé católica por meio de desenhos eucarísticos. 

Ana Tenório, Rafael Alves, Roberto Nunes, Rogério Dias e Patrícia Dias saíram de Vitória rumo ao tradicional evento pela manhã e disseram que o passeio foi de muita adrenalina e paz.

“Não conhecíamos Castelo e foi incrível. Tivemos a ideia, montamos nas motos e fomos. Ano que vem, se Deus quiser, retornaremos”, conta Rogério.

O coordenador artístico da Festa Corpus Christi , Geraldo Vinco, lembrou que “ano que vem será a 60ª edição”. Segundo ele, os preparativos já estão sendo pensados, mas sem tema escolhido. 

“Ainda não escolhemos o tema. Mas é trabalho de meses antes”. 

Geraldo, que participa da festa desde 1970, contou também que este ano os preparativos para a confecção dos 17 tapetes e 17 passadeiras começaram em abril. 

“Em relação aos outros anos, começamos até em cima da hora. A pandemia nos atrapalhou em pouco”.

O coordenador explicou, ainda, que os tapetes de Corpus Christi têm origem portuguesa. Elas chegaram ao Brasil na época da colonização.

Para a Igreja Católica, segundo Geraldo, a prática remete à acolhida de Jesus em Jerusalém, "quando as pessoas cobriram as ruas de ramos e mantos para a passagem do Messias". 

“Os tapetes integram o trajeto da procissão com o Santíssimo Sacramento, que para os católicos é a presença de Jesus. O Corpus Christi  celebra o Corpo de Cristo e é comemorado em várias cidades através dos tapetes. Neles, fiéis desenham cálices, pães e vinhos, que lembram o sacramento da comunhão”, disse ele.

Voluntários já planejam evento do próximo ano

Os voluntários que prepararam a festa de Corpus Christi deste ano em Castelo já planejam a próxima edição do evento. 

O coordenador artístico da festa, Geraldo Vinco, lembrou que ano que vem será a 60ª edição. Segundo ele, os preparativos já estão sendo pensados, mas sem tema escolhido. “Ainda não escolhemos o tema. Mas é trabalho de meses antes”. 

Geraldo, que participa da festa desde 1970, contou também que este ano os preparativos para a confecção dos 17 tapetes e 17 passadeiras começaram em abril.

 “Em relação aos outros anos, começamos até em cima da hora. A pandemia nos atrapalhou em pouco”, ressaltou.

O coordenador explicou, ainda, que os tapetes de Corpus Christi têm origem portuguesa. Eles chegaram ao Brasil na época da colonização.

Para a Igreja Católica, segundo Geraldo, a prática remete à acolhida de Jesus em Jerusalém, quando as pessoas cobriram as ruas de ramos e mantos para sua passagem. 

“Os tapetes integram o trajeto da procissão com o Santíssimo Sacramento, que para os católicos é a presença de Jesus. O Corpus Christi  celebra o corpo de Cristo e é comemorado em várias cidades através dos tapetes. Neles, fiéis desenham cálices, pães e vinhos, que lembram o sacramento da comunhão”, explicou.

Este ano, os visitantes também puderam aproveitar outras atrações como a Feira do Agroturismo, Artesanato e Flores, a Praça de Alimentação das Entidades e a Feira de Ambulantes.

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 * Clóvis Rangel/ De Paula Comunicação

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