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Cidades

Trauma é a maior causa de morte até os 40 anos

No Brasil, acidentes de trânsito e agressões são os motivos que mais matam nessa faixa etária


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O trauma é a maior causa de morte até os 40 anos, à frente de todas as doenças já conhecidas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que os traumas são responsáveis por 5,8 milhões de óbitos por ano no mundo. Mesmo assim, o assunto ainda não é discutido com seu devido valor, segundo especialistas.

Trauma é o termo usado para definir lesões causadas por um evento inesperado. No Brasil, os acidentes de trânsito e as agressões são as principais causas.  

"É um problema de saúde pública que, por vezes, é deixado em segundo plano. E o impacto é grande na mortalidade e  morbidade. Até os 12 anos, por exemplo, o trauma mata mais do que todas as doenças somadas. O paciente com traumatismo grave diminui a expectativa de vida em 35 anos”, destacou o cirurgião Hélio Machado, diretor  do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e cirurgião de trauma no Hospital Alberto Torres/RJ.

Segundo Hélio, o problema não é discutido com profundidade no País, o que agrava os casos. Ele garante que é possível criar intervenções para evitar que a taxa aumente ainda mais. Entre as ações, estão o maior investimento público em tratamento e campanhas para evitar acidentes e violência.

“A prevenção poderia economizar dinheiro a ser aplicado em outras patologias que não têm uma prevenção tão eficaz como a de trauma”, ressaltou Hélio.

As propostas foram debatidas durante o Congresso do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, que segue até este sábado (05), reunindo especialistas nacionais e internacionais.

Presidente da Comissão de Trauma e Emergência Cirúrgica do CBC e professor  da USP, Edivaldo Massazo Utiyama lembrou que os traumas impactam diretamente na força de trabalho. 

“Essa fase é o auge da produção do indivíduo. Dependendo da lesão, ele fica afastado por meses e pode ter sequelas definitivas. Além das mortes, acaba onerando o País, que perde força produtiva, e todo o restante da sociedade acaba ‘sustentando’ a vida dessa pessoa”.

Medidas contra os impactos

Com grande impacto na saúde dos brasileiros e na economia do País, os traumas podem ser evitados e ter os impactos minimizados, garantem os especialistas.

Presidente da Comissão de Trauma e Emergência Cirúrgica do CBC e professor titular de cirurgia geral da USP, Edivaldo Massazo Utiyama explica que existem medidas preventivas primárias e secundárias.

Entre as primárias, ele cita as ações para evitar que os acidentes aconteçam, como campanhas e fiscalizações contínuas da Lei Seca, o controle de velocidade e as ações contra a violência. 

Já na prevenção secundária, ele destaca as medidas para a recuperação mais rápida do paciente. “Nós, do CBC, fazemos medidas importantes, como o atendimento da vítima no sentido de fazer com que a recuperação seja mais rápida. Temos treinamento para um atendimento melhor, adequado, para que o paciente tenha menos complicações e maior chance de sobrevida”.

Outras iniciativas buscam sensibilizar os governantes através de discussões para aprovar projetos de lei e aumentar verba para tratamento, como ressalta o cirurgião Hélio Machado. “Conversamos com todos os envolvidos, como hospitais, operadores de saúde e políticos para chamar a atenção para o problema”.

Cirurgias com menos cortes

As cirurgias com menos cortes e que são menos invasivas também são importantes para minimizar os impactos negativos dos traumas. Quem garante é o cirurgião Doglas Gobbi Marchesi, mestre do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

Ele cita a laparoscopia, técnica operatória que consiste em fazer pequenos cortes e usar uma câmera especial para enxergar o interior. “Hoje, a cirurgia laparoscópica é o padrão ouro para a maioria das cirurgias de urgência, como a apendicite aguda. Mas, no Brasil, metade ainda é feita no modelo antigo, com corte, por falta de equipamento”.

O cirurgião explica que também é possível fazer esse procedimento em caso de traumas.  “É mais restrito, mas há espaço, como em caso de dúvidas, para saber se houve lesão no abdômen, por exemplo”.

Na cirurgia laparoscópica, a recuperação é mais rápida. “Precisamos estimular, desde a formação dos cirurgiões até a atualização dos mais antigos que não tiveram esse treinamento, inclusive para o trauma”

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