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Cidades

Trabalhadores surdos ajudam a digitalizar 1 milhão de processos

Trabalhadores surdos dão exemplo de foco e ajudam a digitalizar aproximadamente 1 milhão de processos na Justiça


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Imagem ilustrativa da imagem Trabalhadores surdos ajudam a digitalizar 1 milhão de processos
Uanderson Santos, 33 anos, Miriam Brito, 31 anos, Raphael Moraes, 31 anos e Patrícia Santos, 36 anos |  Foto: Fábio Nunes/AT

Comemorado ao longo deste mês, o Novembro Laranja é uma campanha nacional que tem o objetivo de alertar a população sobre a importância do cuidado com a saúde auditiva.

No País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 10 milhões de brasileiros apresentam algum grau de deficiência nessa área, condição que atrapalha a qualidade de vida e vem acompanhada de desafios, como a exclusão no mercado de trabalho.

Visando contornar essa situação, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) tem uma parceria com a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe). Na ação, o órgão emprega 300 pessoas com deficiência, sendo 187 delas surdas, para trabalharem com a digitalização de processos.

A iniciativa teve início em 2022, e, em apenas dois anos, cerca de 1 milhão de processos foram digitalizados, dado que comprova o foco e a dedicação desses funcionários.

Iasmin Aylla, gerente do setor de digitalização da Cetefe, explicou que a digitalização traz mais facilidade no momento de consultas, sendo um serviço bastante importante, e elogiou a equipe.

“A pessoa com deficiência, seja qual for, tem muita dificuldade para encontrar emprego e normalmente eles são vistos só para cobrir cotas por obrigatoriedade. Mas o Tribunal os enxerga como capazes de desenvolver um trabalho. No dia a dia, elas retribuem o carinho e a oportunidade, porque dão o máximo de si”, afirmou.

Entre o time que coloca a mão na massa e é motivo de orgulho estão os funcionários Uanderson Santos, de 33 anos, Miriam Brito, 31 anos, Raphael Moraes, 31 e Patrícia Santos, 36.

Iasmin pontuou que toda a equipe de gestão da Cetefe sabe Língua Brasileira de Sinais (Libras) para poder propiciar uma clara comunicação com os funcionários com problemas auditivos.

Fabio Buaiz de Lima, coordenador da gestão da informação documental do TJES, comentou que o órgão aprende muito com os colaboradores.

“O Tribunal oportuniza essas pessoas a terem uma vida social, a terem seu primeiro emprego. Muitas delas nunca tinham trabalhado antes, nunca tinham tido a oportunidade de um emprego digno”.

Os outros colaboradores que fazem parte dos 300 funcionários têm deficiência física, intelectual ou visual.

Exemplos de trabalhadores

Conforto

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Ágatha Otenio, de 35 anos |  Foto: Fábio Nunes/AT

Há um ano e meio, Ágatha Otenio, de 35 anos, atua com a digitalização de documentos para o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e disse gostar muito do que faz.

“É confortável, consigo desenvolver um bom trabalho e também ganhar experiência aprendendo outras coisas aqui”.

Ágatha contou que durante a gravidez, sua mãe contraiu catapora, e essa doença favoreceu para que ela nascesse com problemas de audição.

União no trabalho

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|  Foto: Fábio Nunes/AT

Tarcísio dos Santos, de 24 anos, e Emilson Ribeiro, 47, nasceram ouvintes, mas eles tiveram meningite e perderam a audição. Tarcísio foi acometido pela doença aos seis meses, enquanto Emilson, aos 3 anos.

A atuação com a digitalização de documentos junto a Cetefe é o segundo trabalho de ambos. “Sou muito feliz e aqui somos unidos, o que é ótimo”, comentou Emilson, dizendo que o que mais gosta de fazer é a higienização dos documentos.

Caminho longo

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Ricardo Brandão |  Foto: Fábio Nunes/AT

Ricardo Brandão, de 33 anos, contou que é formado em Ciências da Tecnologia, mas nunca conseguiu emprego na área. Então, passou a atuar em lojas e no setor de Recursos Humanos (RH). No entanto, foi muito difícil desenvolver a carreira nesses locais.

Hoje, é feliz e se sente incluído. “Nunca tinha visto tantos surdos juntos! A gente se comunica e fica tudo claro. Me sinto feliz por contribuir para um trabalho bem feito”.

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