X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Sotaque dos mineiros eleito o mais atraente entre solteiros

É o que mostrou uma pesquisa realizada por um aplicativo de relacionamento com cerca de 1.600 pessoas solteiras


Ouvir

Escute essa reportagem

“Uai, sô”, “trem”,  “cadin”, “poquin”... E não é que o sotaque dos mineiros foi considerado o mais atraente do País? Foi o que revelou uma pesquisa que ouviu  1.600 pessoas solteiras de todas as regiões do Brasil, em setembro deste ano.

No top 5 dos  sotaques mais sedutores,  os mineiros ocuparam o  primeiro lugar, com 35% da preferência, seguido do sotaque gaúcho (33%), paulista (27%), carioca (25%) e pernambucano (17%).

Realizado pelo aplicativo de namoro Happn, o resultado surpreendente “de demais da conta” mostrou  ainda que 55% dos solteiros e solteiras brasileiros consideram a voz uma característica essencial na hora de escolher uma  paquera. 

E mais: 35% dos solteiros disseram que a voz tem o poder de criar simpatia ou antipatia logo em um primeiro momento.

Especialista em relacionamentos do Happn, Michael Illas informou que o objetivo da pesquisa era compreender a importância da voz no momento da paquera.  “Uma das curiosidades foi descobrir qual o sotaque  que mais derrete os corações dos solteiros e descobrimos que é o mineiro”, disse.

Imagem ilustrativa da imagem Sotaque dos mineiros eleito o mais atraente entre solteiros
Mineiro de Resplendor, Israel Caldeira mora no Espírito Santo há três anos, e o sotaque logo identifica sua origem |  Foto: Douglas Schneider / AT

Morando há três anos no Estado,  Israel Cardoso Caldeira, 22 anos, é mineiro de Resplendor e conta que é surpreendido por várias pessoas que comentam sobre o seu sotaque.

Palavras no diminutivo, como “cadin” e “poquim”, além de expressões como “cê que sabe”, “uai sô” e “trem” são dialetos que, além de revelar sua identidade mineira,  já  o ajudaram em momentos de paqueras. 

“Geralmente, quando estou conversando com alguém e falo algumas dessas palavras, logo a pessoa pergunta se eu sou de Minas. O sotaque desperta uma curiosidade na pessoa e, consequentemente, faz com que ela se interesse por você”, afirmou Israel.

Quem também é surpreendida sempre que revela sua identidade mineira é a lutadora de jiu-jítsu  Lívia Dutra Rhodes, 20 anos. Ela veio de Manhuaçu, há três anos, para o Estado e acredita que o jeito mineiro de ser, aliado ao sotaque, acaba chamando atenção das pessoas.

“Todo mundo fala que ele é bem marcante, que é fofo.  Quando revelo que sou de Minas, as pessoas se aproximam mais de mim. Às vezes, me tratam até melhor”, revela.

E o capixaba tem sotaque?

Muito se questiona sobre o modo de falar de quem nasce no Espírito Santo. Mas, afinal de contas, os capixabas têm ou não sotaque?

Lúcio Manga, professor de Linguagem, diz que sim. A diferença, segundo ele, está na característica de cada região. 

“O capixaba não tem sotaque que dá uma característica marcante que vai identificá-lo como sujeito que mora no Espírito Santo, diferente de  um gaúcho, baiano... Mas temos expressões idiomáticas  como 'pocar',  'rock' etc.”, afirmou.

Fábio Portela, professor e diretor do Up, também diz que os capixabas têm sotaques. Ele  acredita que os nascidos no Espírito Santo só não possuem traços marcantes quanto dos outros estados.

“Mas o sotaque existe. Já ouvi muito por aí que o capixaba fala cantando, por exemplo”, disse.

Ele também falou sobre as variações linguísticas apresentadas por aqui. “Temos a  mania de criar ditongos. Arroz vira 'arroiz', vocês vira 'vocêis', dez vira 'deiz...”

Paixão

Em relação à pesquisa, a maior parte dos entrevistados acredita ser possível se apaixonar  antes mesmo de ver a foto da outra pessoa.

Dos 1.600 entrevistados pelo aplicativo Happn, 86% disseram que acreditam em “amor à primeira voz”. Entre os tipos de vozes mais  atraentes, os participantes  votaram em:  sexy (28%),  confiantes (22%), reservadas/tímidas (16%) e rouca (13%).

SAIBA MAIS

Pesquisa 
- Feita pelo aplicativo de relacionamento Happn, a pesquisa ouviu cerca de 1.600 pessoas do Brasil.

Sotaques
- Para elas, o sotaque mais atraente do País é dos mineiros (35%).
- Gaúchos ficaram em segundo lugar com  33% dos votos, seguido do sotaque paulista (27%), carioca (25%) e pernambucano (17%).

Perfil
- Homens e mulheres com a faixa etária de  25  a 35 anos.
-55% das pessoas, que responderam ao questionário no próprio aplicativo  acham que a voz é uma característica essencial na hora de escolher um paquera.
- Outras 86% acham que é possível se apaixonar “à primeira voz” pela outra pessoa.

Voz
- Os tipos de vozes mais atraentes são: sexy (28%), confiantes (22%), reservadas/tímidas (16%) e rouca (13%)

Fonte: Aplicativo de namoro Happn.

Dialetos

Tupi 
- A Amazônia fala de um modo bem diferente do vizinho Nordeste. A razão para isso é que lá quase não houve escravidão de africanos. Predominou a influência do tupi (índios).

Tu e você
- Tropeiros paulistas entraram no Sul no século 18 pelo interior, passando por Curitiba (PR). O litoral sulista foi ocupado pelos  portugueses na mesma época com a transferência de imigrantes das Ilhas Açores. A isso se deve a formação de dois dialetos. Na costa, fala-se “tu”, como é comum  em Portugal. No interior de Santa Catarina, adota-se o “você”.

Minha “tchia”
- O litoral nordestino recebeu muitos escravos, enquanto o interior encheu-se de índios expulsos  pelos portugueses.  No Recôncavo Baiano, o “t” às vezes é pronunciado como se fosse “tch”. É o caso de “tia”, que soa como “tchia”. Ou de “muito”,  pronunciado “mutcho”. No interior, predomina o “t” seco, dito com a língua atrás dos dentes.

Chiado europeu
- Quando a família real portuguesa mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1808, trouxe 16 mil lusitanos. A cidade tinha 50 mil habitantes. Essa gente toda mudou o jeito de falar carioca. Data daí o chiado no “s”, como em “festa”, que fica parecendo “feishta”. Os portugueses também chiam no “s”.

“Porrrrta”
- Até o século passado, a cidade de São Paulo falava o dialeto caipira. A principal marca desse sotaque é o “r” muito puxado. A chegada dos migrantes diluiu esse dialeto e criou um novo sotaque paulistano.

Fonte: Fábio Portela, professor  do Up.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: