Grávida é salva dentro de geladeira durante enchente em Mimoso do Sul

Família perdeu tudo o que tinha dentro de casa, inclusive o enxoval do bebê

Redação Tribuna Online | 26/03/2024, 18:39 18:39 h | Atualizado em 26/03/2024, 18:38

Grávida de oito meses de Maria Cecília, a dona de casa Elivanda de Souza Brandão, de 18 anos, viveu uma experiência em Mimoso do Sul que jamais irá esquecer.

Em um momento de desespero durante a enchente que atingiu o município, o seu marido, o pedreiro Rulian Dias Amaral, 20 anos, colocou a esposa dentro de uma geladeira da sua casa e, junto com ela, lutou para sobreviver.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Gravida-e-salva-dentro-de-geladeira-durante-enchen0017350400202403261839/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FGravida-e-salva-dentro-de-geladeira-durante-enchen0017350400202403261839.jpg%3Fxid%3D765222&xid=765222 600w, Geladeira usada pelo pedreiro Rulian Dias Amaral para salvar a esposa Elivanda, grávida de oito meses

Apesar do sufoco, o casal sobreviveu, mas perdeu tudo o que tinha dentro de casa, inclusive o enxovalzinho do bebê.

À reportagem, Elivanda descreveu os momentos que passou como desesperadores.

O pedreiro também é um dos heróis que marcam a tragédia no Sul do Estado, pois momentos antes ele tinha saído de casa nadando para salvar vizinhos, inclusive um cadeirante.

“Eu só sabia chorar e gritar para o meu marido voltar para dentro de casa, pois a água estava subindo muito rápido. As coisas estavam tombando. Eu gritava por socorro”, contou Elivandra.

Quando o pedreiro retornou para casa, a água já estava batendo no peito dele. “Foi a hora que ele tirou tudo da geladeira e me colocou dentro para me tirar de casa”.

Elivanda conta que nunca imaginou vivenciar uma cena como essa e descreve: “Eu estava chorando, desesperada. O meu esposo foi nadando, empurrando a geladeira e segurando a mão. Eu fiquei com medo da geladeira virar”.

Depois de nadarem por cerca dois quilômetros, a geladeira virou e, mesmo sem saber nadar, ela conseguir bater os braços e escapar. Para ela, não resta dúvida: “Foi Deus. A minha barriga pesava, a correnteza estava muito forte, mas eu só pedia a Deus para a gente sobreviver e hoje estamos aqui. Foi um milagre, eu não canso de repetir”.

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