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Cidades

Ponte da Madalena espera reconstrução há dois anos


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Se fosse hoje, o cantor Martinho da Vila teria dificuldade de ir “ver a Madalena e ouvir tambor de congo lá na Barra do Jucu”, como diz a música que deu fama nacional ao balneário de Vila Velha.

É que lá se vão dois anos e meio desde que a Ponte da Madalena foi derrubada pela chuva. De lá para cá, moradores, comerciantes, pescadores e turistas sofrem sem a estrutura e aguardam pela reconstrução.

A ponte, sobre o Rio Jucu, desabou no dia 3 de dezembro de 2017, após as fortes chuvas que atingiram o município de Vila Velha. A reconstrução foi anunciada no dia seguinte, mas até hoje a estrutura está caída sobre o Rio Jucu, inclusive sem interdição, colocando em risco quem se aproxima do local.

“Queremos algo simples, pode ser até de madeira, em estilo mais rústico, que combina com o local. O importante é ter essa travessia”, afirmou o presidente da Associação de Moradores da Barra do Jucu, Denivaldo Falcão.

Imagem ilustrativa da imagem Ponte da Madalena espera reconstrução há dois anos
Moradores sobre parte da ponte que desabou em dezembro de 2017. Reconstrução foi anunciada no dia seguinte |  Foto: Leone Iglesias/AT

A ponte passa sobre o Rio Jucu e faz parte do Parque Natural de Jacarenema. Por lá, além dos moradores e pescadores, costumavam passar turistas, ciclistas, crianças em passeios de escola e a tradicional caminhada Passos de Anchieta.

Agora, comerciantes e pescadores sentem no bolso a ausência da travessia. “Minha venda de peixe caiu 50%, pois o turista não chega mais pela ponte”, contou o pescador Deneir Alves, 54 anos.

Alguns pescadores, que antes ficavam no acesso da ponte para vender os peixes, agora precisam ir para outras partes do bairro para comercializar o produto. O movimento também reduziu no restaurante do empresário Alfredo Andrade, 38 anos. “A ponte caiu, e a situação caiu no descaso público.”

Além da reconstrução da ponte, os moradores cobram pela criação do Parque de Jacarenema, que atualmente só existe no papel. Uma lei de 2003 criou oficialmente a reserva natural, mas nada foi construído por lá.

“Queremos o parque até mesmo para aumentar a segurança, com guaritas nos acessos”, afirmou a arquiteta Regina Ruschi, 56 anos.

A moradora Marialina Antolini ressaltou, inclusive, que só a reconstrução da ponte não resolve o problema. “Muitos só querem a ponte com o parque em funcionamento, pois sem o parque, pode virar uma rota de fuga de bandidos”.

Sem previsão para concluir obras

Cobrada pelos moradores para a implantação do Parque de Jacarenema, a Prefeitura de Vila Velha ainda não tem um prazo definido para a construção.

Por meio de nota, a prefeitura afirmou que apresentou ao Conselho do Parque Natural de Jacarenema uma proposta de implantação do parque, mediante à desapropriação de lotes que se encontram na área entre a Reserva Estadual e o Parque Municipal de Jacarenema.

“Essa proposta está em elaboração pelas secretarias do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente do município”, afirmou a prefeitura, que confirmou a implantação de outros quatro parques, todos com recursos garantidos: Morro da Manteigueira, Sítio Batalha, Parque da Lagoa Grande e Parque do Morro do Penedo. O Parque de Jacarenema não entra nesta lista.

Sobre a construção da ponte, a prefeitura informou que o projeto e a execução da obra ficaram “a cargo do governo do Estado”.

Em nota, o Departamento de Edificações e de Rodovias (DER-ES) informou que o projeto da Ponte da Madalena está pronto e a previsão é de que o edital de contratação das obras seja publicado em agosto.
Não foi informado um prazo para conclusão da obra.


SAIBA MAIS


Ponte é famosa por causa de música

Construção

  • A ponte foi construída sobre o Rio Jucu, na Barra do Jucu, em Vila Velha, em 1896.
  • Anos depois, a ponte recebeu o nome de Madalena em homenagem às tradicionais bandas de congo da Barra do Jucu, que ficaram famosas em todo o País com a música “Madalena do Jucu”, do cantor e compositor Martinho da Vila.
  • A estrutura ligava a Barra do Jucu à Reserva de Jacarenema e à Praia da Barrinha.
  • A ponte passou por um processo de restauração em 2015 e se tornou o portão de entrada da Reserva Ecológica de Jacarenema, que guarda uma rica diversidade de vegetação nativa do Espírito Santo.
  • A estrutura era usada exclusivamente para a passagem de pedestres e ciclistas.

Queda

  • No dia 3 de dezembro de 2017, após fortes chuvas, parte da estrutura desabou e foi arrastada pela correnteza do Rio Jucu.
  • Desde então, a estrutura segue caída, inclusive com parte do concreto dentro do rio.
  • o trajeto, com isso, agora é feito pela Rodovia do Sol.
Fonte: Pesquisa AT.

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