Padre causa polêmica ao dizer que menina capixaba "compactuou com o estupro"

| 20/08/2020, 17:48 17:48 h | Atualizado em 20/08/2020, 18:39

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-08/372x236/ramiro-jose-perotto-c6375d5fb771f371e8179d8f33c78046/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-08%2Framiro-jose-perotto-c6375d5fb771f371e8179d8f33c78046.jpeg%3Fxid%3D137821&xid=137821 600w, Padre Ramiro José Perotto
Um padre de Carlinda, cidade a 774 km de Cuiabá, capital do Mato Grosso, causou polêmica nas redes sociais ao duvidar da menina capixaba de 10 anos, que foi estuprada e engravidou, segundo a Secretaria de Segurança Pública, do próprio tio.

Ramiro Rosé Peroto, padre da cidade, comentou em uma rede social que a menina de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, "compactuou com o estupro". As informações são do Portal G1.

Por questões legais e de saúde da menina, o aborto foi autorizado pela Justiça capixaba e realizado em Recife, Pernambuco, após negativa no Hospital das Clínicas de Vitória.

A polêmica começou depois que o padre compartilhou uma mensagem do presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lamentando o aborto realizado. A resposta gerou reações dos seguidores e um deles chegou a falar em "hipocrisia" e que a gravidez por estupro era repugnante".

O padre rebateu o comentário e, duvidando da palavra da menina, disse que "apostava a cara". "Ela compactuou com tudo e agora é menina inocente. Gosta de dar então assuma as consequências", escreveu.

Momentos depois, o padre afirmou que deixaria as redes sociais, antes de zombar de um seguidor.
"Você acredita que a menina é inocente? Acredita em Papai Noel também. Seis anos, por quatro anos, e não disse nada. Claro que estava gostando", afirmou.

Em um comunicado público, Ramiro Rosé Peroto pediu perdão e disse que "não foi sua intenção proferir palavras de baixo calão".

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