Número de ataques de cães é maior em quase 30 anos

Casos como o da escritora Roseana Murray chamaram atenção no país

Francine Spinassé, do jornal A Tribuna | 25/04/2024, 18:40 18:40 h | Atualizado em 25/04/2024, 16:38

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Numero-de-ataques-de-caes-e-maior-em-quase-30-anos0017817700202404251639/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FNumero-de-ataques-de-caes-e-maior-em-quase-30-anos0017817700202404251639.jpg%3Fxid%3D790199&xid=790199 600w, Uso da coleira é obrigatório em Vitória

A discussão envolvendo cães sem coleira nas ruas chamou a atenção para a legislação de circulação dos animais e a preocupação com a segurança deles e de pessoas nas ruas.

Em 2023, foram 53 mortes no País provocadas por mordedura de animais, segundo dados do Ministério da Saúde. O aumento foi de 33% em relação a 2022. Esse é o maior número de registros da série história, desde 1996.

Também em 2023, o número de atendimentos de vítimas de cães chegou a 1.430. Este ano, em janeiro, houve 131 atendimentos médicos por mordedura de cão.

Entre os registros este mês, três cães pitbull atacaram a escritora e poetisa Roseana Murray, de 73 anos, no Rio de Janeiro. Ela fazia uma caminhada, quando foi surpreendida pelos cães. A poetisa perdeu o braço direito e uma orelha, além de ter ainda machucados no corpo e no rosto.

Outro caso este mês foi de um tutor de um pitbull, que morreu ao ser mordido na garganta pelo próprio cão, em São Paulo.

Na Grande Vitória, legislações são diferentes em cada município. Em Vitória, por exemplo, independente do porte do animal, é obrigatório uso de coleira e guia.

O veterinário e doutorando em comportamento animal Gustavo Jantorno destacou que não há justificativa para um tutor circular com um cão sem guia pelas ruas.

“Todo cão age instintivamente, por estímulos. Não é possível, por mais dócil que seja o cão, saber o que pode provocar reação, por exemplo, de medo”.

Ele ressaltou que todo cão precisa sair, explorar e cavar. “No entanto, é preciso entender que também há o direito de outras pessoas que transitam pela rua e que têm medo de cachorros”.

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