Morador que reclamou de barulho de sino em igreja diz ser alvo de ameaças
Ao Tribuna Online, o advogado do denunciante, Gabriel Meriguete, esclarece que o morador jamais solicitou a interrupção do badalar dos sinos, ou processou o padre por isso.
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Desde que o padre desabafou sobre a ação movida contra o barulho dos sinos da igreja Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Guarapari, o morador que fez a denúncia tem sido alvo de ameaças.

Ao Tribuna Online, o advogado do denunciante, Gabriel Meriguete, esclarece que o morador jamais solicitou a interrupção do badalar dos sinos, ou processou o padre por isso.
“Em razão de todo ocorrido, infelizmente, o morador tem sido alvo de constantes investidas de tom ameaçador, calunioso, difamatório. O que, em momento, algum se pode aceitar. O cidadão jamais solicitou a interrupção do badalar dos sinos, bem como jamais processou ou pretende processar o padre ou à igreja católica”, explicou o advogado.
Meriguete explica que o pedido feito ao MP é para que o órgão competente possa averiguar se o barulho está ou não de acordo com a Lei, já que após solicitar ao disque silêncio, em agosto deste ano, não obteve resposta,
“Em nenhum momento se solicitou que o sino fosse impedido de badalar, que a igreja fosse impedida de exercer suas tradições. O cidadão apenas gostaria que o órgão competente da prefeitura averiguasse se o badalar estaria ou não de acordo com a lei, mais especificamente o badalar às 6h, inclusive domingos e feriados e seu volume e duração. Não se obteve retorno da prefeitura. Em seguida o cidadão relatou ao Ministério Público o ocorrido, no mesmo sentido que ao disque silêncio”.
A prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura (Semag), informou que não há impedimento na legislação municipal, para o funcionamento do sino da igreja, uma vez que trata-se de uma manifestação religiosa e seu funcionamento é amparado por lei.
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), esclareceu que, cumprindo seu dever estabelecido por lei, instaurou procedimento para apurar os fatos e requisitou à prefeitura de Guarapari que informe por quanto tempo e em quais horários o sino da referida igreja é acionado e se o ruído emitido está em conformidade com a legislação vigente.
O pároco, padre Diego Carvalho declarou que “o volume do som e tempo de duração obedecem às leis do município” e manifestou desconforto em relação à denúncia junto ao MP.
E o advogado do denunciante completou. “Esperamos que tudo se esclareça o quanto antes”.
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