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Cidades

Marmitas viram estilo de vida e negócio de sucesso


Sejam preparadas em casa, sejam encomendadas, as marmitas têm sido uma alternativa atrativa para a alimentação, em meio à correria cotidiana: basta esquentá-las e se servir.

As quentinhas (ou congeladinhas), além de terem virado um estilo de vida, têm gerado renda para muitos empreendedores.

Elas, ainda, são uma alternativa à pandemia, como segurança para evitar sair do trabalho ou de casa. Segundo uma pesquisa divulgada recentemente pela VR Benefícios, a quantidade de pessoas que pretende levar marmita para o trabalho subiu de 47% para 54%.

O estudo, realizado com 2.481 pessoas, também apontou o aumento de 10% para 17% na quantidade de pessoas que deve pedir lanches ou refeições por delivery na hora do almoço, e que as intenções de comer em restaurantes por quilo caíram de 25% para 13%. A pesquisa mostrou, ainda, que o brasileiro vai ampliar o consumo de saladas, refeições fitness e funcionais no escritório.

Manter a alimentação diária por meio de marmitas já é um estilo de vida para algumas pessoas. A professora Graciele Dittrich Erzog, 34 anos, prepara as refeições do dia e leva para o trabalho há oito anos. Nos últimos quatro anos, ela passou a aderir nas marmitas uma alimentação saudável.

Imagem ilustrativa da imagem Marmitas viram estilo de vida e negócio de sucesso
Professora Graciele Erzog leva marmita para o trabalho há oito anos: “Tiro domingo para preparar os alimentos” |  Foto: Fábio Nunes/AT

“Geralmente, tiro o domingo para fazer as marmitas da semana. Quando tenho um tempo maior, faço até para 15 dias e congelo”, contou. Graciele afirmou que sente uma grande diferença entre comer em restaurante e comer a própria a comida. “Eu, por exemplo, não uso tempero industrializado. Se eu comer em algum lugar que use, não me sinto bem, me dá azia”, disse.

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Tayna Rebello criou uma empresa |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

A demanda de marmitas tem crescido tanto que muitas pessoas perceberam esse nicho de mercado e resolveram investir. Esse foi o caso da nutricionista Tayna Rebello, 25 anos, que criou, junto aos pais, a Nutridável, “No meio da faculdade, eu e meus pais começamos a fazer salada em pote, o que durou cerca de quatro ou cinco meses. Isso foi um início para que, depois, criássemos a Nutridável”, relatou.

Na última semana, ela inaugurou o ponto de produção, em Val Paraíso, na Serra. A nutricionista procura por cardápios diferenciados, como linguiça artesanal de camarão e filé de tilápia empanado no gergelim e assado, entre outros.


Alternativa para o desemprego


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Bruno Rios Serrano, 39 anos, estava desempregado por conta da pandemia e investiu na abertura da Fast Box |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

A chance de negócio, somada à experiência em gestão de vendas, fez com que Bruno Rios Serrano, 39 anos, que estava desempregado por conta da pandemia, investisse na abertura da Fast Box, empresa de marmitas saudáveis, com a chef Iara. O negócio teve início em junho, com uma loja na Serra, e o sucesso foi tanto que já expandiu para Vitória e Cariacica.

“Temos refeições como escondidinho de abóbora japonesa com patinho moído, hambúrguer de frango com arroz de brócolis, entre outras opções”, disse.


Otimização do tempo


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Hian Bruno, 25 anos, também aderiu à tendência e começou a levar marmitas de casa para o local de trabalho |  Foto: Acervo pessoal

Para reduzir os custos e otimizar o tempo, o arquiteto e urbanista Hian Bruno, 25 anos, também aderiu à tendência e começou a levar marmitas de casa para o local de trabalho, há duas semanas. A refeição é feita no dia anterior ao expediente e a quentinha é preparada à noite, sem precisar ser congelada.

“Faço um cardápio semanal e procuro manter pratos equilibrados. Aposto na variedade de legumes e saladas, em um recipiente à parte. Procuro também levar sempre uma fruta”, contou.


Economia de despesas


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A técnica de enfermagem Beatriz da Silva Castro, 25 anos, contou que desde os últimos três anos tem carregado as refeições na bolsa |  Foto: Fábio Nunes/AT

A técnica de enfermagem Beatriz da Silva Castro, 25 anos, contou que desde os últimos três anos tem carregado as refeições na bolsa para os lugares aonde vai, inclusive para o trabalho.

“É bom para não comer besteira e evitar almoçar em restaurante. É uma economia muito boa”, afirmou. Como usa tempero natural, ela contou que tem se sentido melhor com as marmitas.

“Há ganhos tanto em questão de corpo, porque comecei a ver resultados na academia, quanto em bem-estar. Meu intestino era péssimo e agora funciona muito bem”, revelou.


Saúde em home office


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Mesmo trabalhando em casa, o engenheiro mecânico Wallace Siqueira Machado, 28 anos, tem a rotina bastante corrida |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Mesmo trabalhando em casa, o engenheiro mecânico Wallace Siqueira Machado, 28 anos, tem a rotina bastante corrida. Como alternativa para lidar com a correria e se alimentar de forma saudável, ele optou por encomendar marmitas e saladas.

“Normalmente, as pessoas pensam que alimentação saudável vai ser mais cara, quando, na verdade, há muitas opções mais em conta. Também vi opções diversas nas marmitas, como empadão de grão-de-bico e panqueca com massa integral”, destacou.


Saiba mais


Dicas de como fazer marmitas saudáveis

  • Tirar um dia para preparar as marmitas da semana. O ideal é fazer e já congelar, para garantir melhor sabor e qualidade dos alimentos.

  • Comprar verduras, legumes e frutas preferencialmente orgânicos.

  • Usar óleos vegetais ao preparar a comida, como azeite e óleo de semente de abóbora e de gergelim.

  • Utilizar temperos naturais, como ervas finas, em vez dos artificiais.

  • Usar os alimentos de forma integral, como comer a folha inteira do alface e não retirar a casca da abóbora, rica em nutrientes, ao cozinhá-la.

  • Escolher uma opção de proteína (de preferência magra), uma opção de carboidrato (de preferência integral, como raízes e tubérculos) e legumes assados ou refogados como guarnição.

  • As quantidades dependerão do objetivo de cada pessoa.

  • Montar pratos simples e acessíveis, como arroz, feijão, carne e saladas. O básico funciona.

  • Usar a criatividade e elaborar receitas diversificadas com os alimentos.

  • Reserve um pote para armazenar a salada crua e outro para preparações que serão aquecidas.

  • Preferir potes de vidro ou plásticos livres de bisfenol para armazenamento e congelamento. Potes plásticos comuns, quando aquecidos, liberam substâncias cancerígenas que contaminam os alimentos (bisfenol e ftalatos).

  • Etiquetar a marmita na hora de armazená-la, informando a data em que foi produzida. Ela pode ficar, no máximo, três meses congelada.

Alimentos que podem ser congelados

  • A maioria dos alimentos pode ser congelada, como verduras, legumes, frutas, macarrão, arroz e feijão.

  • Entre os legumes que podem ser cozidos estão batata-baroa, pimentão, mandioca, abobrinha, entre outros.

  • Não cozinhar os legumes demais, para quando for aquecer a marmita eles chegarem ao ponto ideal.

Fonte: Especialistas consultados.


Empreendedores devem ser criativos e variar pratos

Diante do crescimento de demandas e ofertas de marmitas, os empreendedores devem buscar o diferencial do próprio negócio, de acordo com especialistas. A recomendação é que eles usem e abusem da criatividade e da inovação e procurem por variedade de pratos.

Uma das dicas da diretora de relacionamento da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-ES), Jovaneide Polon, é mostrar nas redes sociais a cozinha da empresa e os cuidados e a higienização ao preparar os alimentos. Segundo a especialista, hoje, a relação entre consumidor e empresa está baseada na transparência.

“Compor pratos diferentes, fazer uma pesquisa sobre o perfil nutricional das pessoas, quais alimentos podem amenizar o estresse, devido à pandemia, são outras dicas para os empreendedores”, ressaltou.

“É importante que usem do recurso alimentação e façam uma boa associação entre prazer e bem-estar.Dar nomes criativos aos pratos também é outra estratégia que atrai as pessoas”, completou.

A psicóloga especialista em Empreendorismo e Carreiras Gisélia Freitas ressaltou que os empreendedores devem conhecer o público em que atuam para elaborar o cardápio. “É preciso ter planejamento, noções financeiras sobre o custo para fazer marmitas, pesquisa de mercado e gestão financeira. Também é muito importante dar visibilidade ao seu negócio, por meio do marketing digital e redes sociais. Fotos de alimentos têm de ser muito bem-feitas”, disse.

Negócios voltados à qualidade de vida, atualmente, têm maiores chances de ter sucesso, segundo a neuropsicóloga Martha Zouain, especialista em Carreira e Empreendedorismo . “Uma dica é que venha no rótulo dos produtos não só o que é obrigatório por lei, mas também informações nutricionais importantes, como número de calorias e de proteínas, para que as pessoas entendam o que estão consumindo”, afirmou.

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