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Cidades

Mariana Ferrão: “Desistir pode ser sinônimo de autorrespeito”

Mariana Ferrão deixou a apresentação de um programa de TV para enfrentar desafio. Ela diz que é preciso colocar o “não” no dia a dia


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Imagem ilustrativa da imagem Mariana Ferrão: “Desistir pode ser sinônimo de autorrespeito”
Mariana Ferrão |  Foto: Divulgação

Saber a hora de desistir pode ser um desafio para muita gente. Dizer “não” pode soar como egoísmo e isso acaba fazendo com que muitas pessoas passem por cima dos seus próprios limites.

Mas não é o que pensa a jornalista e palestrante Mariana Ferrão, que deixou a apresentação de um programa de televisão em rede nacional para, como ela mesma diz, “não me abandonar”. 

Hoje, Mariana tem uma empresa, faz palestras e produz conteúdos que falam sobre qualidade de vida,  autoconhecimento, autocuidado, entre outros.

A Tribuna: Em suas palestras hoje, você sente que as pessoas têm dificuldade de desistir, de dizer “não”?

Mariana Ferrão: Eu mesma já tive muita dificuldade, hoje não tenho mais. Essa semana ouvi uma frase: ‘ao invés do pão nosso de cada dia, o não nosso de cada dia’. Precisamos colocar o 'não' nosso de cada dia no nosso dia a dia. Porque, senão, a gente não consegue dar 'sim' para o que queremos e precisamos. Abandonamos nós mesmos, o nosso cuidado. Desistir, dizer não, pode ser sinônimo de autorrespeito, autocuidado.  

Essa dificuldade de dizer “não” está relacionada com o quê, na sua opinião?

Uma série de coisas! Vamos lá (risos). Vivemos com o conceito de que o outro deve vir sempre em primeiro lugar. Que a nossa obrigação é olhar, ajudar e cuidar do outro. A sociedade condiciona a gente a fazer isso e fazemos porque queremos ser aceitos, agradar, queremos pertencer. 

Mas dizer “não” não soa como egoísmo para as pessoas?

Isso é muito interessante! Fiz um exercício na minha jornada de autoconhecimento e autodesenvolvimento chamada 'Unboxing Me' que era exatamente sobre isso. Perguntei como as pessoas se sentiam quando alguém falava 'não' para elas. As pessoas falaram que se sentiam excluídas, rejeitadas, desvalorizadas, que não eram tão importantes.

Pois bem, perguntei se era isso que elas queriam dizer quando dizem não a alguém. Que aquela pessoa não é importante, que estava excluindo a pessoa, ou se estava apenas reconhecendo que naquele momento não teria capacidade de fazer duas coisas ao mesmo tempo. 

Então, é muito interessante como não reconhecemos o que a gente faz com o outro quando ele faz com a gente. Acionamos outros gatilhos emocionais por causa da necessidade de pertencimento, de acolhimento. Temos que começar a observar isso. Se não cuidamos de nós mesmos, não vamos conseguir cuidar do outro. Em primeiro lugar, temos que cuidar da gente. 

Com a exigência de ser produtivo, dizer não pode ser encarado com fraqueza. O que acha?

Para mim, não! Sempre disse para as pessoas que trabalham na minha empresa que não estamos em uma corrida de 100 metros, estamos em uma maratona. Então, temos de aprender a reconhecer os limites, porque, senão, todo mundo vai passar por cima deles. Se não conseguir dizer ao outro até onde você vai, a chance de ser invadida naquilo que é prioridade para você é gigantesca. Então, se não consegue reconhecer o que precisa para estar minimamente bem ou para estar confortável, como vai dizer ao outro o que não abre mão, o que é fundamental. 

Como podemos fazer esse exercício de ter coragem de dizer “não”?

Isso também é bem interessante. Porque a primeira coisa que temos de entender  é sobre a palavra coragem, ela  é o laço que vem do coração. A segunda coisa é que coragem só existe em quem tem medo. Então, temos de identificar o nosso medo. Depois, olhe para todos os medos, e veja qual é que tem mais valor para você. O problema é quando a gente tem tanto medo que não quer nem pensar neles. 

Você teve medo quando deixou o programa na televisão e mudou de carreira?

Tive muito medo. As pessoas falavam muito que queriam ser corajosas como eu. Mas o que elas não sabiam é que o que mais senti foi medo. Foi a partir daí que entendi que só é corajoso quem sente o medo verdadeiramente. 

Tive muito medo, mas tive de olhar para todos eles e entender que dentro de mim havia algo maior, que era uma vontade de ser quem eu sou e eu não estava conseguindo. E isso era mais importante pra mim, por isso, eu desisti, não podia me abandonar.

Precisamos voltar a nos conectar com a gente mesmo. Nosso corpo é uma fonte poderosa e valiosa de informação sobre nós.

Quem é: Mariana Ferrão 

> Jornalista com mais de 20 anos de experiência e palestrante. 

> CEO da Soul.me, empresa especializada em bem-estar, qualidade de vida e desenvolvimento humano.

> Filha de mãe brasileira e de pai mexicano.

> Em seus canais, dá luz a questões como qualidade de vida, segurança psicológica, equilíbrio, autoconhecimento e outros. É Top 5 no ranking de HRInfluencersLatam 2019.

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