Mágica mantém o encanto na era da tecnologia
André Luiz Marangoni, Rodrigo Campaneli e Marcos Gaudêncio contam que a tecnologia se tornou uma aliada para encantar o público
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Quem disse que a tecnologia acabou com a mágica? Pelo contrário, explicam três mágicos profissionais capixabas com décadas de experiência no mercado. Hoje é a data deles, o Dia Mundial do Mágico.
André Luiz Marangoni, Rodrigo Campaneli e Marcos Gaudêncio contam que a tecnologia se tornou mais uma arma, num arsenal feito para encantar todas as idades. Celulares, LEDs, varinhas que mudam de cor, livro que pega fogo, há muitas opções para surpreender o público.
“Mágica é encantamento. Tem gargalhada, susto, espanto. Fogo, levitação, desaparição. Tudo isso é o mágico. É muito gratificante fazer um show e todo mundo sair dali de boca aberta. Da criança de 1 ano ao idoso. É o que nos alimenta como mágicos”, explica André.
Rodrigo Campaneli diz que não pode contar muitos detalhes para proteger os segredos dos truques, mas explica que a tecnologia ajuda a mágica a se renovar, “os truques vão se modernizando, além do que cada mágico tem um toque especial”.
Marcus Gaudêncio adiciona que a própria revelação dos truques na internet é capaz de gerar curiosidade. “Está acontecendo ao vivo com a gente, sabe?”, afirmou.
Desafios
Mas a profissão mágica também tem seus problemas “mundanos”.
Os três profissionais apontam que um dos principais desafios enfrentados é a falta de apoio do poder público.
Outro desafio é a desvalorização e competição desleal. Eles contam que há artistas de outras áreas que oferecem o serviço a preços menores, afetando todo o mercado, como explica Marcos Gaudêncio.
“Por exemplo, um palhaço acha que fazendo uma brincadeirinha, ele já é um mágico, então acaba oferecendo um serviço a preço de banana”, explicou.
Os três mágicos ainda ressaltam que o mercado vai muito além das festas infantis. Eles são contratados para eventos corporativos e bodas de pessoas idosas, por exemplo.
“Já fiz festa para criança de 7 anos. Agora vou fazer festa para essa mesma criança, só que ela tem 30 anos hoje. Nossa mágica fica na memória afetiva da pessoa”, diz Rodrigo.
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