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Cidades

Famílias cobram punição para quem comete crimes no trânsito

Missa no campinho do Convento foi marcada pela emoção e pedidos por mais agilidade na punição aos autores de crimes de trânsito


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Imagem ilustrativa da imagem Famílias cobram punição para quem comete crimes no trânsito
Alguns participantes da missa estavam com rosas vermelhas nas mãos, no campinho do Convento da Penha |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

As famílias que perderam entes queridos em acidentes de trânsito se reuniram na manhã de ontem, no campinho do Convento da Penha, em Vila Velha, para a 17ª Missa em Memória das Vítimas de Trânsito.

Entre a lembrança e o sentimento de luto, amigos e familiares pediram por mais rapidez nos processos da Justiça que envolvem a responsabilização de autores de crimes, como atropelamento em razão de embriaguez e omissão de socorro.

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A missa marca o Dia Estadual em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, estabelecido por meio da Lei Estadual nº 9.689/2011. Trata-se de uma oportunidade de reforçar a importância de a população refletir sobre a defesa de um trânsito seguro.

O frei Djalmo Fuck, guardião e reitor do Convento da Penha, responsável pela missa de ontem, alertou para as condutas de trânsito que trazem riscos à vida e pediu por mais empatia nas estradas. 

“Sabemos que há acidentes que são fatalidades, mas há outros que são provocados pela imprudência e pelo descaso, sobretudo aqueles que envolvem o álcool. Hoje é dia de rezarmos por aqueles que perderam seus entes queridos, mas, ao mesmo tempo, fazer uma reflexão em torno de um trânsito mais cidadão, humano e fraterno para todos”, destacou.

O frei informou que, anualmente, cerca de 100 a 200 famílias costumam se reunir no Convento. Ao final da missa, foram entregues rosas vermelhas para os familiares presentes, em memória das vítimas.

Com uma camisa em homenagem à filha, a professora Romênia Scaramussa, de 44 anos, veio da Bahia para o Espírito Santo, onde tem família, para participar da missa. Sua filha Ranitla, de 23 anos, foi atropelada na faixa de pedestres, em Ilhéus, na Bahia.

O motorista, que estava a 120 km/h em uma pista que permitia o máximo de 60 km/h, fugiu sem prestar socorro. “Ela teria chances se tivesse tido socorro”, lembrou a mãe. Romênia contou que o motorista foi indiciado por homicídio doloso e irá a júri popular.

“A gente aguarda a definição da data. Há quase um ano e dois meses estamos pedindo por justiça, não só por Ranitla, mas por todas as vítimas de trânsito, por crimes que, muitas vezes, são banalizados”, afirmou.


Paz no trânsito

Conscientização

A missa foi presidida pelo frei Djalmo Fuck, guardião e reitor do Convento da Penha. 

Ele destacou a importância da data em memória das vítimas, lembrada no primeiro domingo do mês de agosto, como alerta para um trânsito mais consciente. 

“O Convento se torna espaço de repercussão e reflexão de um tema tão importante e necessário de ser debatido, que é a conscientização no trânsito”, disse.

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Frei Djalmo Fuck, reitor do Convento da Penha |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Lembrança

Em memória do avô

A família de Lenivictor Morais, de 49 anos, que é natural de Fortaleza, Ceará, sempre comparece à missa dedicada às vítimas de trânsito. O avô de Lenivictor foi atropelado e morto quando saía para o trabalho.

“Ele estava indo trabalhar e foi atropelado por um motorista que estava bêbado. Deixou uma marca muito grande na família”, lembrou o neto, ao lado da esposa Antônia de Lima, 43, e das filhas Ana Lúcia, 13, e Iasmim, 9.

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Lenivictor Morais (49) acompanhado da esposa Antônia de Lima (43) e das filhas Ana Lúcia (13) e Iasmim (9). Família sempre comparece às homenagens prestadas às vítimas de trânsito |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Cenas da missa

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Familiar de uma vítima recebe uma rosa ao final da missa |  Foto: Kadidja Fernandes/AT
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Maria de Souza Soares, 77 anos, rezava pela sobrinha, vítima no trânsito |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

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